Família denuncia negligência médica e violência obstétrica no Hospital de Humberto de Campos

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Na última segunda-feira, 01 de abril, a família da jovem Gleiciane Santos relatou um caso alarmante de negligência médica e violência obstétrica ocorrido no Hospital Municipal de Humberto de Campos, Elda Ribeiro. Segundo os familiares, durante o parto de sua filha Mavie, Gleiciane foi vítima de uma série de falhas que colocaram em risco tanto a sua vida quanto a do bebê.

O relato da família descreve uma sequência de eventos preocupantes. Gleiciane deu entrada no hospital por volta das 18h00, após a bolsa ter estourado e estar sentindo dores. No entanto, ao receber o toque, uma enfermeira afirmou que a bolsa não tinha estourado e que faltavam ainda 7 centímetros para o início do trabalho de parto. Posteriormente, após novo exame, Gleiciane foi encaminhada para a sala de parto por volta das 20h00, onde, surpreendentemente, não havia médico presente, sendo assistida apenas por técnicas de enfermagem.

Durante o processo de parto, foi constatado que o bebê estava em posição pélvica, o que aumenta consideravelmente os riscos para mãe e criança. Apesar disso, o parto foi iniciado sem a presença imediata do médico responsável. Quando o médico finalmente chegou, já não havia mais alternativas a não ser dar prosseguimento ao parto, que se mostrou extremamente difícil e doloroso para Gleiciane.

O bebê, Mavie, nasceu com sinais preocupantes, apresentando coloração roxa e sem chorar, indicando falta de oxigenação. Os profissionais presentes tentaram reanimá-la. Mavie foi então encaminhada para o Hospital da Criança e posteriormente para o Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos.

Um fato alarmante é que Gleiciane Santos não teve mais contato com sua filha desde então e desconhece o estado atual de saúde dela, inclusive se foi encaminhada para São Luís para tratamento intensivo. A família afirma que médicos dos hospitais para onde Mavie foi transferida apontaram falhas no procedimento realizado em Humberto de Campos, Elda Ribeiro ressaltando que, após a constatação de que o bebê estava em posição pélvica, deveria ter sido realizada uma cesariana.

 

O parto pélvico acontece quando o bebê nasce na posição contrária ao habitual, por se encontrar sentado dentro da barriga durante o parto. Isso faz com que os pés ou as nádegas do bebê saiam primeiro do que a cabeça.

Atualmente, a maioria dos bebês pélvicos nascem por cesariana eletiva. O parto vaginal (normal) de um feto em apresentação pélvica pode ser considerado em algumas situações. Tanto o parto vaginal quanto a cesariana têm certos riscos quando um bebê é pélvico. No entanto, o risco de complicações é maior no parto vaginal.

Em contato com nossa reportagem, a irmã de Gleiciane Santos afirmou que não é a primeira vez que isso acontece, mencionando que o mesmo fato ocorreu com ela quando teve um de seus filhos na unidade. Ela relata que há vezes em que as enfermeiras conduzem todo o procedimento e que o médico só chega quando algo dá errado.

Tentamos contato com a Secretaria de Saúde do Município, que informou estar investigando o caso e que, se confirmado, tomará medidas adequadas.

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Da Redação

5Comments

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  1. 1
    Albertina

    Primeiramente vamos começar contando a verdade, ela não Deu entrada as 18 horas ela Deu entrada as 5 horas da manhã de segunda feira

  2. 3
    Garcia

    Não e a primeira vez que isso acontece lá não tem estrutura nenhuma um descasso total .nada funciona e hoje em vez de hospital a população ja deu outro nome para o hospital”matadouro”

  3. 4
    Tania m c garces

    Mesmo que nao cido o horário dito, nesse hospital sempre acontece isso, os médicos so vai atender a ora que bem quer, nao é a primeria nem a segunda nem a terceira vez é so investigar qnts vezes ja foi denúnciado e se fosse pra infermeiras fazer parto nao se precisaria de médico,

  4. 5
    Denúncia de Negligência: Bebê falece após nascer em Hospital de Humberto de Campos

    […] Relatos indicam que a mãe, mesmo sentindo os sinais de que o parto estava próximo, teria sido informada de que ainda não era a “hora” adequada. No entanto, o adiamento resultou em uma situação crítica, onde a criança já estaria passando do momento ideal para nascer. O parto, que já era considerado de alto risco devido à posição do bebê, que não estava na posição correta, necessitava de uma cesariana urgente para garantir a segurança da mãe e do bebê. (Leia aqui) […]

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