Câmara francesa rejeita imposto sobre grandes fortunas proposto pela esquerda

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A chamada “taxa Zucman” previa cobrança anual de 2% sobre patrimônios acima de 100 milhões de euros; oposição ameaçava derrubar o governo caso medida fosse vetada.

Câmara da França rejeita imposto sobre grandes fortunas – CartaCapital

Câmara francesa rejeita imposto sobre grandes fortunas proposto pela esquerda

A Câmara Baixa da França rejeitou nesta sexta-feira (31) uma proposta de imposto sobre grandes fortunas, apresentada por partidos de esquerda que haviam ameaçado derrubar o governo caso a medida não fosse incluída no orçamento nacional.

O país enfrenta pressão para aprovar o orçamento antes do fim do ano, em meio ao desafio de controlar o déficit público e conter o crescimento da dívida. No entanto, a falta de consenso entre governo e oposição tem dificultado a aprovação de medidas fiscais e ampliado o impasse político.

A proposta rejeitada, conhecida como “taxa Zucman”, previa uma alíquota anual de 2% sobre patrimônios superiores a 100 milhões de euros (cerca de 115 milhões de dólares). O nome faz referência ao economista francês Gabriel Zucman, especialista em desigualdade e evasão fiscal.

A iniciativa foi liderada por um bloco de partidos de esquerda — Socialista, Comunista e Ecologista — e pela extrema esquerda, A França Insubmissa (LFI). Eles argumentavam que a medida ajudaria a financiar políticas públicas e reduzir a desigualdade, sem aumentar a carga tributária sobre a classe média.

Do outro lado, o governo e partidos de centro-direita defenderam que o imposto poderia desestimular investimentos e estimular a fuga de capitais, num momento em que a França busca manter a competitividade econômica e atrair empresas internacionais.

Especialistas afirmam que a rejeição da “taxa Zucman” evidencia o dilema francês entre justiça fiscal e crescimento econômico. Embora o governo tenha mantido o controle do orçamento, o debate sobre a tributação de grandes fortunas deve continuar nos próximos meses, refletindo as tensões sociais e políticas no país.

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Da Redação

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