Veja as ações da Rússia sobre a Ucrânia nesta sexta-feira (25)

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No final da noite de quarta-feira, 23, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou o maior ataque de um país europeu contra outro do mesmo continente desde a Segunda Guerra. O governo russo justifica ação militar para proteger separatistas no leste da Ucrânia. “Tomei a decisão por uma operação militar”, declarou Putin em uma mensagem inesperada, transmitida pela televisão, pouco antes da meia-noite no horário de Brasília. As tensões geopolíticas começaram após a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentar as atividades no território ucraniano. Depois de diversos movimentos de países ocidentais para dissuadir Putin de uma possível invasão ao país, o mandatário russo decidiu reconhecer a independência das repúblicas de Donetsk e Luhansk, internacionalmente reconhecidas como pertencentes à Ucrânia, na última segunda-feira, 21, aumentando a tensão na região. A crise geopolítica teve seu estopim na noite de quarta-feira, 23, com o presidente russo dando sinal verde para a operação militar na Ucrânia. Segundo as autoridades ucranianas, as Forças Armadas da Rússia realizaram ataques e bombardeios em diversas regiões do país, incluindo em grandes cidades do país, como Odessa, no sul da Ucrânia, e a capital Kiev.

 

Confira a cobertura ao vivo do conflito:

 

08h05 – Consul da Ucrânia em São Paulo diz que ucranianos “vão resistir”

 

O cônsul da Ucrânia em São Paulo afirmou que a população ucraniana “vai resistir. Em conversa informal com parentes que estão no país, Jorge Rybka, afirmou que o sentimento é de defesa da nação. “As notícias são de que quem está no Sul [do país] está bem e que eles vão resistir. A população vai resistir. Eles querem defender a sua nação, eles querem defender a sua origem, sua história, suas terras, as famílias e pessoas, isso é prioritário”, disse à Jovem Pan News. Segundo Jorge Rybka, há dificuldade para obter informações do país devido aos ataques aéreos e ataques cibernéticos que acontecem. O cônsul cobrou melhor resposta das autoridades brasileiras e afirmou que “os brasileiros de origem ucraniana merecem um pouco mais de efetividade”. Ao todo, a comunidade ucraniana no Brasil é formada por 600 mil pessoas.

 

7h57 –  Ucrânia denuncia ‘horríveis disparos’ de mísseis russos contra Kiev

 

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, denunciou disparos de mísseis russos contra a capital Kiev no início desta sexta-feira, 25. Segundo o prefeito da capital, Vitali Klichko, pelo menos três pessoas ficaram feridas, uma delas gravemente, em um bairro residencial a sudeste da capital. “Horríveis ataques com foguetes russos em Kiev. A última vez que nossa capital experimentou algo assim foi em 1941, quando foi atacada pela Alemanha nazista. A Ucrânia derrotou aquele mal e derrotará este. Pare Putin! Isolar a Rússia! Cortem todos os laços. Expulsem a Rússia de todos os lados”, declarou Kuleba no Twitter. Duas fortes explosões foram ouvidas no centro de Kiev, segundo um jornalista da agência France-Presse. Os militares ucranianos relataram “disparos de mísseis” russos na capital e a interceptação de dois deles em pleno voo. Segundo fontes militares ocidentais, o exército russo tem a intenção de atacar Kiev para “decapitar o governo ucraniano” e instalar um executivo pró-Moscou.

 

7h44 – Brasileiro fala sobre situação em Kiev: ‘Situação é bem crítica’

 

O brasileiro e fisioterapeuta do time ucraniano Shakhtar, Luciano Rosa, detalhou o clima de tensão em Kiev, capital da Ucrânia. Hospedado em um hotel, ele relata medo durante ataque ao país. “Foi uma noite terrível, que ninguém conseguiu dormir. A gente não sabe até quando vamos ter comida, água. Hoje já foi possível ouvir muitas bombas ao redor, então a situação é bem crítica”, disse em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. “A partir de hoje eles [russos] já estão em Kiev, já sabemos que os tanques já estão na cidade. E a todo momento tem aviso de ataque aéreo, então por isso não saímos do bunker. Dá para ouvir o barulho de bomba. Não é próximo, é um ruído distante.”

 

7h23 – Soldados impedem saída de homens da Ucrânia e impõe alistamento

 

Relatos afirmam que militares pararam carros e ônibus que avançavam em direção à Polônia e retiraram homens de 18 a 60 anos para alistamento ao exército. Segundo testemunhas, aos gritos, comissário gritava “diga adeus a suas filhas, mulheres e namoradas, você deve voltar  lutar contra o invasor russo”. Mais cedo, o Ministério da Defesa afirmou que o país precisa “de todos”, sem restrições de idade.

 

6h55 – Sirenes tocam em Kiev e alertam para possíveis ataques aéreos

 

Sirenes e explosões são ouvidos no centro de Kiev, capital da Ucrânia. Nas redes sociais, moradores compartilham vídeos no momento em que os avisos sonoros de emergência são acionados. No norte da cidade, tropas russas avançam sob civis.

 

6h40 – Invasão na Ucrânia já dura mais de 30 horas; ministro diz que país “resistiu”

 

Os primeiros ataques da Rússia ao território ucraniano já completam 30 horas. Em discurso, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, afirmou que “graças ao heroísmo de nossos defensores, a Ucrânia resistiu aos primeiros dias mais difíceis”. “Sofremos perdas significativas. Seremos mais fortes hoje.”

 

6h30 – Presidente da Ucrânia pede mais sanções à Rússia: ‘Pressão deve aumentar’

 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a pedir que novos bloqueios sejam adotados contra a Rússia. Desde o final da noite da última quinta-feira, 24, ele tem usado as redes sociais para pedir novas e mais duras sanções contra os russos. “Nem todas as possibilidades de sanções foram esgotadas ainda. A pressão sobre a Rússia deve aumentar”, afirmou em mensagem no Twitter, onde cita Ursula von der Leyen, presidente da Comissão da União Europeia e agradece pelo apoio financeiro. Mais cedo, Zelensky também disse ter conversado com Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, sobre os ataques em Kiev. “Ucrânia precisa mais do que nunca do apoio dos parceiros. Exigimos uma oposição efetiva à Federação Russa. As sanções devem ser reforçadas.”

 

6h05 – Agência nuclear diz que níveis de radiação aumentaram em Chernobyl

 

A agência reguladora de energia nuclear da Ucrânia afirmou nesta sexta-feira, 25, o aumento nos níveis de radiação em Chernobyl, após a área onde funcionou uma usina nuclear ser tomada por militares russos. Segundo o órgão, o aumento da radiação se deve à perturbação do solo pela movimentação de equipamentos militares na região e à liberação de poeira radioativa no ar.

 

5h50 – Comandante da Ucrânia convoca população: ‘Não há restrições de idade’

 

Em declaração oficial, Yuri Galushkin, comandante das Forças Armadas do país, afirmou que a Ucrânia “precisa de todos”. “Todos os procedimentos de adesão são simplificados. Leve apenas o seu passaporte e código de identificação. Não há restrições de idade”, disse em mensagem divulgada pelo Ministério da Defesa,

 

5h30 – Ministério da Defesa pede que ucranianos façam coquetéis Molotov

 

Com a chegada de tropas russas em Obolon, o Ministério da Defesa da Ucrânia pediu que os cidadão informem sobre a circulação dos veículos militares na região e neutralizem os soldados. “Faça coquetéis molotov, neutralize o ocupante! Moradores pacíficos – tenha cuidado! Não saiam de casa”, diz nota publicada no Twitter.

 

5h10 – Russos chegam ao distrito de Obolon, em Kiev

 

Na madrugada desta sexta-feira, 25, tropas russas chegaram ao distrito de Obolon, a cerca de 10km da capital Kiev. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram veículos militares circulando por áreas residenciais da região. Conflitos com soldados ucranianos já foram registrados. Com isso, o Ministério da Defesa da Ucrânia pediu que os cidadão informem “informem sobre a circulação dos equipamentos” e neutralizem os soldados. “Faça coquetéis molotov, neutralize o ocupante! Moradores pacíficos – tenha cuidado! Não saiam de casa”, diz nota publicada no Twitter.

 

4h – Homem enfrenta veículos militares russos em rua na Ucrânia

 

Um vídeo está circulando nas redes sociais com um homem tentando ‘enfrentar’ veículos militares russos como caminhões e tanques de guerra. Ele aparece no meio da rua, de roupa vermelha, gritando e tentando se colocar à frente dos veículos. O ato lembra o do ‘homem misterioso’ que parou em frente a um tanque chinês durante um desfile na Praça da Paz Celestial em Pequim, no ano de 1989.

 

3h45 – Zelensky pede ajuda do ‘B9’ para combater avanços da Rússia

 

Depois de seu pronunciamento em rede nacional, o presidente Volodymyr Zelensky usou suas redes sociais para pedir ajuda ao grupo Bucharest Nine, o chamado B9, que reúne países do Leste Europeu como República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia e Slovênia. “Defendemos nossa liberdade, nossa terra. Precisamos de assistência internacional eficaz. Discuti isso com @AndrzejDuda [Presidente da Polônia]. Apelou ao Bucharest Nine para ajuda de defesa, sanções, pressão sobre o agressor. Juntos temos que colocar 🇷🇺 na mesa de negociação. Precisamos de uma coalizão anti-guerra”, escreveu Zelensky. Em vários momentos o político disse estar sozinho na luta contra a Rússia.

 

3h15 – Tanques da Rússia se aproximam de Kiev

 

A capital de Kiev pode ser tomada nas próximas horas. A vice-ministra da Defesa, Hanna Malyar, informou no começa da manhã desta sexta-feira, 25, que as tropas russas devem entrar na cidade com tanques nesta sexta. A expectativa é que os soldados entrem em Vorzel e aldeias vizinhas. A vice-ministra também disse que as forças ucranianas irão utilizar armamentos doados pela Inglaterra que atingem tanques de guerra. O governo afirmou que “a sexta-feira será o dia mais difícil” pela entrada na capital.

 

3h – Presidente Zelensky pede apoio de russos: ‘Lutem por nós’

 

O presidente Volodymyr Zelensky fez um novo pronunciamento na madrugada desta sexta-feira, 25, e convocou os russos que são contra a invasão do governo de Putin à Ucrânia a ajudarem na guerra. “Eu quero dizer a todos os cidadãos russos que estão saindo para protestar: nós ouvimos vocês, vocês nos ouvem, vocês começaram a acreditar em nós. Lutem por nós. Lutem a guerra”, disse o político. Zelensky também reforçou que não sairá da capital Kiev, mesmo sabendo que é o alvo número 1 das tropas russas.

 

2h30 – Força Aérea ucraniana impede dois ataques de mísseis em Kiev

 

O quartel general das Forças Armadas da Ucrânia impediu que dois ataques de míssil atingissem a capital Kiev na madrugada desta sexta-feira, 25. O comunicado classificou o ataque como “presentes mortais dos ‘irmãos’” e atualizou sobre a situação de diversas áreas no país. A cidade de Kropyvnytsky sofreu com ataque aéreo, assim como as áreas de Vilkovo e Tiraspol. Por terra a luta é nos assentamentos de Dymer e Ivankiv onde, segundo o governo ucraniano, há “um grande número de veículos blindados do inimigo”. A ponte no rio Teteriv foi derrubada para impedir o avanço da tropa russa.

 

2h15 – Banco Nacional da Ucrânia proíbe transações em rublos russos

 

O Banco Nacional da Ucrânia informou nesta madrugada de sexta-feira, 25, que estão proibidas todas as transações com rublos russos e bielorussos no país durante a invasão. A instituição também impôs a proibição de cumprir obrigações com pessoas jurídicas ou indivíduos localizados na Federação Russa ou na Bielorrússia. Na manhã de quinta-feira, o Banco já tinha suspendido o uso de dinheiro eletrônico depois da imposição de lei marcial.

 

2h – Aeroporto internacional de Rivne, próximo à Kiev, é bombardeado

 

De acordo com o prefeito de Rivne, Alexander Tretyak, o Aeroporto Internacional na cidade, 320 km a oeste de Kiev, foi bombardeado no início da manhã desta sexta-feira, 25. O político afirmou em entrevista que houve um ataque de missil e danos graves foram infligidos ao espaço. Informações iniciais davam conta de duas grandes explosões no aeroporto. A capital Kiev deve ser tomada ainda nesta sexta.

 

01h45 – Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia compara ataques à Kiev com bombardeio nazista

 

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, lamentou os ataques da Rússia à capital Kyiv na madrugada desta sexta-feira, 25, nas redes sociais. O político lembrou que a última vez que a cidade passou por bombardeios foi em 1941 com os ataque nazistas. “A Ucrânia combateu aquele mal e vai combater esse também”, escreveu Kuleba. Que ainda implorou. “Parem Putin. Isolem a Rússia. Corte todos os laços. Expulse a Rússia de todos os lados”.

 

01h30 – Taiwan condena invasão russa na Ucrânia e relata incursão de aviões chineses

 

O governo de Taiwan “condena energicamente a violação da Carta das Nações Unidas pela Rússia” por “invadir e ocupar a Ucrânia”, de acordo com um comunicado divulgado nesta sexta-feira, 25, pelo Ministério das Relações Exteriores da ilha. As ações russas “não apenas prejudicam a paz e a estabilidade regional e mundial, mas também abalam a ordem internacional”, destacou a nota, acrescentando que Taiwan “defende os valores universais de democracia e liberdade” e “participará de sanções econômicas internacionais contra a Rússia”. O Ministério da Defesa taiwanês anunciou ontem à noite que nove aviões militares chineses realizaram incursões no sudoeste do que Taipei considera sua Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ). A China reivindica para si a soberania de Taiwan, que considera uma província rebelde para cuja reunificação não descartou o uso da força.

 

01h15 – Tropas russas perderam 800 soldados em dois dias de conflito

 

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, informou na madrugada desta sexta-feira, dia 25, que cerca de 800 soldados russos foram mortos pelas forças de resistência do país desde o início da ofensiva pela Ucrânia, nesta quinta-feira. A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, também disse que o exército ucraniano abateu 7 aviões de guerra russos, 6 helicópteros de ataque, mais de 30 tanques e 130 veículos blindados.

 

01h – Austrália enviará ajuda militar “não letal” e suprimentos médicos à Ucrânia

 

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, anunciou nesta sexta-feira, 25, que está enviando ajuda militar “não letal” e suprimentos médicos à Ucrânia em resposta à invasão da Rússia, além de assistência financeira. “Estamos fornecendo apoio financeiro, bem como equipamentos através da Otan”, disse Morrison ao anunciar o envio de suprimentos militares e médicos em declarações à emissora pública australiana “ABC”. O governo da Austrália também anunciou novas sanções contra Moscou, que seguem medidas semelhantes contra bancos russos e uma série de proibições de viagem contra mais de 30 funcionários de alto escalão daquele país.

 

00h30 – Prédio de apartamentos em Kiev é atingido por mísseis, afirma governo ucraniano

 

Um prédio de apartamentos na região sul de Kiev foi atingido por mísseis russos, de acordo com Anton Herashchenko, vice-ministro do Interior da Ucrânia. Bombeiros estão no local para tentar apagar o incêndio. Segundo o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, três pessoas ficaram feridas no ataque, uma em estado grave.

 

00h15 – Vice-ministro do Interior da Ucrânia diz que explosão no céu foi avião russo abatido

 

O vice-ministro do Interior da Ucrânia, Anton Herashchenko, afirmou que a forte explosão vista no céu de Kiev na madrugada desta sexta, 25, foi um avião russo abatido. “Os ataques contra Kiev com mísseis de cruzeiro ou balísticos recomeçaram. Ouvi duas explosões fortes”, disse o vice-ministro do Interior ucraniano em sua conta no Telegram. Na sequência, Herashchenko disse que foi um avião abatido pelas defesas ucranianas.

 

00h – Novas explosões são ouvidas em Kiev

 

Áreas de Kiev voltaram a ser atingidas por mísseis da Rússia na madrugada desta sexta, 25. Ao menos duas fortes explosões foram ouvidas na capital ucraniana, sendo que uma ocorreu no céu – não é possível determinar se foi um alvo aéreo atingido, como um avião ou drone, ou um míssil interceptado. Antes dos ataques, a cidade havia ficado silenciosa devido ao toque de recolher implantado pelo governo. Outra cidade importante da Ucrânia, Sumy também está sob ataque.

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