Vamos exigir que a Rússia compense tudo o que destruiu na invasão, diz Zelensky

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As linhas de defesa da Ucrânia estão resistindo ao ataque russo, disse o presidente Volodymyr Zelensky em seu último vídeo, publicado no Facebook nesta quinta-feira (3), acrescentando que não houve trégua no bombardeio de Moscou à Ucrânia desde a meia-noite, no horário local.

“Não temos nada a perder além de nossa própria liberdade”, disse Zelensky, acrescentando que a Ucrânia está recebendo suprimentos diários de armas de seus aliados internacionais.

Ele disse que faz dois anos desde que a Ucrânia registrou seu primeiro caso de Covid-19: “Faz uma semana que outro vírus atacou”, disse ele sobre a invasão da Rússia.

Zelensky disse que a mudança de tática da Rússia e o bombardeio de civis nas cidades provaram que a Ucrânia foi bem-sucedida em resistir ao plano inicial de Moscou de reivindicar uma vitória rápida por meio de um ataque terrestre.

Ele disse à Rússia para estudar a palavra “reparações”, pois Kiev exigiria que Moscou compensasse tudo o que destruiu em sua invasão.

Ele também disse que a Ucrânia está pagando pensões e oferecendo doações para aqueles que não podem trabalhar por causa da guerra. Ele disse que 16 mil estrangeiros se ofereceram para lutar pela Ucrânia.

Em um discurso emocionado, Zelensky disse que os ucranianos viveram duas guerras mundiais, a grande fome de Holodomor, o Holocausto, o terror soviético, a explosão nuclear de Chernobyl, bem como a anexação da Crimeia pela Rússia e o apoio aos rebeldes no leste.

“Não temos o maior território, não temos armas nucleares, não fornecemos petróleo e gás para os mercados internacionais. Mas temos nosso povo. Temos nossa terra. É por isso que estamos lutando.”

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No oitavo dia de guerra, as tropas russas se posicionaram perto de Kiev, capital da Ucrânia, nesta quinta-feira (3). Segundo o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, os russos estão “parados” para um reagrupamento antes de uma possível invasão da capital, ou enfrentando desafios como falta de suprimentos ou resistência de civis. Apesar dos avanços das forças russas, as autoridades de ambos os lados esperam discutir um possível cessar-fogo.

Delegações de Rússia e Ucrânia devem se reunir nesta quinta-feira (3) pela segunda vez em Belarus, para continuar as negociações em busca de resolução para o conflito.

A primeira conversa entre as delegações após o início dos ataques ocorreu na segunda-feira (28) e teve duração de cinco horas, mas terminou sem um avanço. Na terça-feira (1º), o presidente Volodymyr Zelensky disse que a Rússia deveria parar o bombardeio de cidades ucranianas antes que as negociações pudessem ocorrer.

Os russos assumiram o controle de Kherson, uma cidade estrategicamente importante em uma enseada do Mar Negro com uma população de quase 300 mil habitantes. O prefeito de Kherson, Ihor Kolykhaiev, declarou na quarta-feira (2) que os militares da Ucrânia não estão mais na localidade e que seus habitantes devem agora cumprir as instruções de “pessoas armadas que vieram para a administração da cidade.”

Com informações da CNN

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Da Redação

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