
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) oficializou a criação de um curso de Medicina voltado a integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), quilombolas, educadores populares e famílias do campo, por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). A primeira turma contará com 80 estudantes e iniciará as aulas em dezembro de 2025, no campus de Caruaru.
A seleção dos alunos foi realizada sem a rigidez do vestibular tradicional, considerando apenas histórico escolar e redação sobre temas sociais e rurais, reforçando o compromisso da universidade com a inclusão educacional e a formação de médicos voltados à saúde coletiva e à realidade rural.
O curso terá uma proposta pedagógica inovadora, incluindo disciplinas sobre agroecologia, medicina preventiva e estágios em assentamentos, com foco em práticas comunitárias e atenção básica. A iniciativa foi validada pela Justiça Federal após contestação judicial, reafirmando a autonomia universitária e a legalidade do projeto.
Com esta iniciativa, a UFPE busca formar profissionais de saúde capazes de atuar diretamente nas comunidades rurais, promovendo saúde integral e fortalecendo a atenção primária no campo.


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