Twitter derruba perfis de Zezé di Camargo, Carla Zambelli e André Valadão

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Os perfis no Twitter do cantor Zezé di Camargo, da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do pastor evangélico André Valadão foram bloqueados pela plataforma nesta terça-feira (1°). Os motivos ainda não estão claros, mas nos perfis há o aviso “A conta foi retida no Brasil em resposta a uma demanda legal”.

Após a frase, o Twitter direciona para um link que explica por qual motivo a conta pode ter sido suspensa.

“Em nosso esforço contínuo para disponibilizar nossos serviços para pessoas em todos os lugares, se recebermos uma solicitação válida e com escopo adequado de uma entidade autorizada, pode ser necessário reter o acesso a determinado conteúdo em um determinado país de tempos em tempos. Tais retenções serão limitadas à jurisdição específica que emitiu a demanda legal válida ou onde o conteúdo violar a(s) lei(s) local(is)”, diz as regras da plataforma.

Zezé di Camargo é apoiador de Jair Bolsonaro. Apenas seu perfil individual (@zcloficial) está fora do ar. A conta conjunta da sua dupla sertaneja com o irmão Luciano continua no ar.

Carla Zambelli manifestou recentemente apoio aos movimentos que contestam as eleições e estão bloqueando rodovias pelo Brasil. A deputada tinha mais de 2 milhões de seguidores no Twitter. No último sábado (29), a deputada perseguiu um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já André Valadão compartilhou um vídeo no Twitter em 19 de outubro com uma suposta retratação a Lula— então candidato a presidente no segundo turno das eleições — sob intimação do Tribunal Superior Eleitoral. Tanto a Justiça Eleitoral quanto o TSE desmentiram que houve tal exigência da parte deles. Em resumo, o vídeo seria uma resposta a uma fake news inventada por Valadão, para assumir o papel de vítima.

Byte procurou o Twitter no Brasil para saber mais informações sobre o bloqueio das contas e aguarda o posicionamento da empresa.

Em nota, Zambelli disse que “o parlamento está sendo violado, censurado e calado” e ela afirma que foi uma ação do Tribunal Superior Eleitoral. “O objetivo do TSE é eliminar qualquer reação espontânea nas redes sociais e trocar por uma atmosfera de inibição de pensamento. Em nome da democracia, extingue o direito às reações naturais”, diz o texto.

O fator Elon Musk e o caso Trump

O caso acontece menos de uma semana após o magnata Elon Musk assumir a chefia do Twitter, na sexta-feira (28). Ao longo deste ano, Musk prometeu rever a política de moderação de conteúdo, criando o que ele chama de “arena de liberdade de expressão”, mas não detalhou como isso será feito.

O empresário tuitou na ocasião:  “O pássaro está livre”, referindo-se ao símbolo da rede social, que é um pássaro azul.

Segundo a agência de notícias Bloomberg, uma fonte teria dito que Musk pretende acabar com as proibições permanentes de usuários porque não acredita em um banimento eterno. Neste caso, pessoas que foram expulsas da plataforma teriam permissão para retornar, como o ex-presidente Donald Trump.

O Twitter baniu Trump dias após a insurreição do Capitólio em Washington em 2021, alegando que havia “risco de mais incitação à violência”. Alguns analistas temem que a medida de reverter banimentos possa tornar o espaço em aplicativo tóxico e cheio de discurso de ódio.

TERRA

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Da Redação

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