Trump ignora Brasil ao indicar embaixadores dos EUA pelo mundo

Estimated read time 2 min read

Mesmo antes da crise diplomática, Donald Trump já havia ignorado o Brasil na hora de nomear chefes para as missões diplomáticas norte-americanas ao redor do mundo. Segundo dados disponibilizados pela Casa Branca e o Congresso dos Estados Unidos, 61 embaixadores já foram indicados desde a posse do presidente republicano.

A embaixada do Brasil, contudo, é comandada desde janeiro deste ano pelo encarregado de negócios, Gabriel Escobar. Apesar da experiência prévia em países como Iraque, Paquistão, Rússia e Itália, o diplomata é considerado um interlocutor de segundo escalão.

No mundo diplomático, manter uma representação oficial em um país, sem um embaixador, é considerado um gesto de crise ou descontentamento de uma nação em relação ao anfitrião.

De acordo com dados da Associação do Serviço Exterior Americano (AFSA), das 61 nomeações de Trump para embaixadas dos EUA, apenas três embaixadores são diplomatas de carreira. O restante, 58, são representantes políticos.

Até o momento, não está claro quando o presidente norte-americano deve — ou se vai — indicar um embaixador para o Brasil. Enquanto isso, Escobar tem sido o principal interlocutor entre o governo Trump e alas da política e economia brasileira, que tentam negociar uma saída para a tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras.

Carta ignorada

Até o momento, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e o chefe da diplomacia de Trump, Marco Rubio, ainda não mantiveram contatos.

Em uma audiência na Câmara dos Deputados, em maio, Vieira afirmou que buscou contato no início da nova administração norte-americana, por meio de uma carta, na qual se colocou a disposição para discussões de temas de interesses mútuos dos dois países.

A correspondência, segundo o chanceler brasileiro, não foi respondida por Marco Rubio.

 

 

 

Relacionadas

Da Redação

+ There are no comments

Add yours

Deixe uma resposta