Tom Maior leva literatura de cordel para o Anhembi

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Chegou a tão aguardada retomada do Carnaval de São Paulo. Na noite desta sexta-feira, 22, sete escolas do Grupo Especial vão invadir o Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo.(*Texto em atualização)

Tom Maior

Quarta escola a desfilar na avenida, a Tom Maior trouxe como samba enredo “O Pequeno Príncipe no Sertão”, uma transposição da história de “O Pequeno Príncipe” para o sertão nordestino, inspirada em um cordel de Josué Limeira e Vladimir Barros.

Com as cores vermelho, amarelo e branco, no total 1.700 integrantes participam da apresentação, que conta com 16 alas e 4 carros alegóricos.

“A Tom Maior para o Carnaval 2022 traz para a avenida ‘O Pequeno Príncipe no Sertão’, uma viagem alegre, irreverente, lúdica e com um final feliz”, explicou o carnavalesco da escola, Flávio Campello.

Mancha Verde

A Mancha Verde teve problemas com o carro abre-alas e iniciou o terceiro desfile da noite com pelo menos 11 minutos de atraso. Tempo que poderia impactar a escola no quesito evolução e até fazê-la extrapolar o máximo permitido, que é de 1 hora e 5 minutos, no entanto a escola conseguiu terminar o desfile e cruzou o portão do sambódromo faltando um minuto para o tempo limite.

O braço do boneco principal caiu, mas foi consertado antes de entrar na avenida.

Com o enredo “Planeta Água”, a escola da zona oeste traz uma reflexão sobre a importância da preservação e valorização do recurso natural.

Ao todo, serão 2.200 integrantes, 18 alas e 4 carros alegóricos. E com a ausência de Viviane Araújo, que por causa da gravidez decidiu concentrar sua participação no Carnaval no Rio de Janeiro, a princesa Duda Serdan, 17, é a única musa a brilhar à frente da bateria.

“Vivi fez uma falta imensa. Nós nos entendíamos só pelo olhar. Mas tenho certeza que ela brilhou muito lá no Rio de Janeiro”, disse Duda ao final do desfile, que ressaltou que o desempenho da Mancha superou as suas expectativas.

Colorado do Brás

Segunda a pisar na avenida do samba paulistano, a Colorado do Brás fez uma homenagem a “Carolina, a cinderela negra do Canindé”.

A história da escritora Carolina Maria de Jesus –uma mulher preta que catava papelão para viver até lançar seu best seller ‘Quarto de Despejo: Diário de uma favelada’– foi contada por 1.800 componentes, em 19 alas e 4 carros alegóricos.

A escola trouxe críticas sociais e ressaltou “o povo da rua”. Para construir o seu carro abre-alas, chegou a usar duas toneladas de papelão recolhidas na região central de São Paulo.

Camila Prins, a primeira rainha de bateria trans do Carnaval de São Paulo, foi o grande destaque do desfile. Os portões fecharam com 1 hora e 4 minutos de desfile, apenas um minuto de folga.

Acadêmicos do Tucuruvi

Com uma aula sobre a história do samba, a Acadêmicos do Tucuruvi abriu a maratona dos desfiles paulistanos por volta das 22h30. E passou com tranquilidade pelo Anhembi.

A escola da zona leste trouxe reflexões sobre o passado, presente e futuro do carnaval com o enredo “Carnavais… De lá pra cá, o que mudou? Daqui pra lá, o que será?”.

Pelo terceiro ano consecutivo, Cíntia Mello veio à frente da bateria como rainha e não escondeu a emoção da volta da escola ao Grupo Especial.

Com a coreografia de Fernando Lee, A Comissão de Frente chamada “A Força da Nossa Raiz Ninguém pode Calar” ilustrou a ancestralidade do carnaval e enviou um recado nas saias dos dançarinos: “Sou resistência”.

A Tucuruvi também manteve a tradição e trouxe dois homens na ala das baianas.

Fonte: Redação Terra

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