O TikTok assinou o acordo para venda de sua operação nos Estados Unidos, segundo documento interno ao qual a agência Reuters teve acesso.
Em uma primeira versão da reportagem, a Reuters atribuiu a informação ao site de notícias americano Axios, também com base nesse comunicado para funcionários, assinado pelo CEO da ByteDance, a controladora chinesa da rede social.
Conforme o memorando de Shou Zi Chew, a ByteDance venderá mais 80% de sua operação nos EUA para as empresas Oracle, Silver Lake e MGX, sediada em Abu Dhabi. Elas formarão um grupo da rede social chamado TikTok USDS Joint Venture LLC.
Esse grupo será responsável pela proteção de dados, segurança de algoritmos, software e moderação de conteúdo do TikTok nos EUA.
O acordo deverá ser fechado em 22 de janeiro. A transação será concluída em até 120 dias, a partir dessa ordem executiva.
É um passo importante para resolver anos de incerteza sobre o futuro do aplicativo de vídeos curtos nos Estados Unidos desde agosto de 2020, quando o então presidente Donald Trump tentou, sem sucesso, banir o app, que hoje é usado regularmente por mais de 170 milhões de americanos.
Uma lei aprovada nos EUA em 2024 obrigou a ByteDance a ceder o controle da operação da plataforma no país para poder continuar no ar. O prazo para a conclusão da venda terminou na última terça-feira (16), após ter sido adiado três vezes por Trump.
A lei foi criada para evitar que o governo chinês tivesse acesso, eventualmente, a dados de usuários americanos — uma desconfiança que nunca foi fundamentada por Trump ou pelo Congresso.
A joint venture nos EUA será controlada em 50% por um consórcio de novos investidores — incluindo Oracle, Silver Lake e MGX, com 15% cada. Outros 30,1% ficarão com afiliadas de alguns investidores atuais da ByteDance; e 19,9% permanecerão com a ByteDance, informou o memorando.


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