Márcia morreu em 21 de dezembro, dia do aniversário da irmã, que, depois da prisão do sobrinho, escreveu: “O presente que você me deu no dia do meu aniversário estou te devolvendo hoje como presente adiantado”.
Buscava a herança
Segundo denúncia do Ministério Público, Bruno teria matado a própria mãe por interesse na herança que seria deixada por ela.
Ao longo da investigação, testemunhas disseram que o jovem começou a sair com amigos de alto poder aquisitivo e a frequentar festas e restaurantes caros. Bruno e a mãe brigavam constantemente pelo fato de Márcia não conseguir arcar com os gastos do filho.
“Insatisfeito em não ver seus anseios materiais atendidos, o denunciado decidiu matar a vítima com o objetivo de ter para si todo o patrimônio da genitora em herança, além da obtenção de valores de eventuais seguros”, apontou o MP, após investigação da Polícia Civil.
Entre outros pedidos, Bruno falava para a mãe vender ou alugar a casa por ter vergonha do bairro que morava.
Testemunhos diferentes
Na primeira versão dada à polícia, Bruno disse que a mãe tinha sofrido um acidente e que havia encontrado ela morta em seu quarto, diferentemente do que mostraram as imagens de monitoramento – o vídeo foi encontrado pelas autoridades no forno do fogão da casa.
Em um segundo depoimento, Bruno afirmou que a morte foi acidental. Que ele teria empurrado a mãe durante uma discussão e que ela teria caído e batido a cabeça. Contudo, o laudo da perícia apontou morte por asfixia mecânica.
As imagens de monitoramento mostram que após sufocar e socar a própria mãe, Bruno foi assistir à televisão.
“De todo o apurado, o bárbaro crime praticado se desenvolveu de forma manifestamente premeditada, tendo o denunciado demonstrado extrema frieza ao ceifar a vida de sua mãe, passar a noite na casa com o cadáver ao solo e promover verdadeiro teatro para comunicar a morte”, apontou o Ministério Público.
Defesa de acusado nega
A defesa de Bruno nega as acusações feitas pelo MPSP. O advogado do suspeito, Anderson Real, afirma que a hipótese apresentada de que ele queria conseguir o valor do seguro não foi comprovada.
“Não há nenhum documento nesse sentido no processo. O Bruno nega veementemente essa hipótese. O único bem que a mãe possuía era a casa e um carro”, alega. Ele ainda afirma que tentará revogar o pedido de prisão e que, caso não consiga, Bruno pensa em se entregar à polícia. ( Metropoles)
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