Tarcísio de Freitas, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, já se comportam discretamente como pré-candidatos

Em um cenário político cada vez mais movimentado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, já se comportam discretamente como pré-candidatos ao Executivo federal e estadual, respectivamente, para as eleições de 2026.

Tarcísio tem intensificado sua agenda, incluindo compromissos nos finais de semana com diversas áreas da sociedade, especialmente com banqueiros.

O objetivo do governador é demonstrar força e um compromisso em minimizar os impactos do tarifário imposto pelos Estados Unidos ao Brasil.

Enquanto isso, Ricardo Nunes tem se dedicado a uma agenda vigorosa nas periferias e bairros de São Paulo, inaugurando equipamentos e promovendo melhorias na infraestrutura da cidade.

Ambos os políticos têm uma agenda cheia até o período máximo de entrega de obras em ano eleitoral, o que reflete sua intenção de se posicionar fortemente nas próximas eleições.

No entanto, Tarcísio de Freitas enfrenta desafios que vão além da oposição da esquerda. Seu comportamento como pré-candidato tem causado descontentamento não apenas entre os opositores, mas também dentro do círculo próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo interlocutores da família Bolsonaro, o governador tem sido considerado indiscreto ao aproveitar a reclusão de Bolsonaro e a impopularidade gerada pelo tarifário de Donald Trump para se destacar no cenário político.

A relação entre Tarcísio e a família Bolsonaro é complexa, uma vez que parte deles deseja que o governador se descole da imagem do ex-presidente, que sempre o viu como um parceiro de “oportunidade”, e não de ideologia.

As principais reclamações da cúpula bolsonarista incluem a falta de posicionamentos claros de Tarcísio em relação ao projeto de lei da anistia e críticas a decisões do STF.

Com os ânimos já acirrados antes mesmo do início da pré-campanha, a expectativa é alta para ver como essas dinâmicas políticas se desenrolarão nos próximos meses. O tempo dirá se Tarcísio conseguirá firmar sua própria identidade política ou se permanecerá atrelado à imagem de Bolsonaro.