O volume anual de subsídios do setor elétrico, rateado nas contas de luz dos consumidores brasileiros e responsável por pressionar as tarifas de energia, deve superar pela primeira vez os R$ 40 bilhões. A estimativa faz parte do orçamento preliminar que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pretende apresentar nesta terça-feira (10) para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2025.
A CDE reúne subvenções diversas do setor elétrico, como a tarifa social para consumidores de baixa renda, recursos destinados à universalização do Programa Luz para Todos, benefícios para a agricultura irrigada e incentivos à geração de energia por fontes renováveis, como a eólica e a solar. De acordo com informações obtidas pela CNN, a Aneel deve propor um orçamento preliminar próximo de R$ 41 bilhões, que ainda será submetido a consulta pública antes de sua versão final.
Os custos da CDE são repassados aos consumidores brasileiros, abrangendo residências, indústrias e comércios. Dados da Aneel revelam que os subsídios saltaram de R$ 16,2 bilhões em 2019 para R$ 37,1 bilhões em 2024, com expectativa de novo aumento significativo em 2025.
Entre as principais razões para o crescimento acelerado da CDE estão os incentivos destinados às fontes renováveis e à geração distribuída. Especialistas do setor elétrico apontam que, embora esses estímulos fossem essenciais no início do desenvolvimento de parques eólicos e solares, não há mais justificativa para sua manutenção no cenário atual.
( Gazeta Brasil )
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