Sete de Setembro: cerimônia em Brasília tem chefes dos Três Poderes, apoio a Moraes e ausência de Janja

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A comemoração do Sete de Setembro em Brasília, neste sábado, contou com a presença dos presidentes dos Três Poderes e um desfile com homenagens ao Rio Grande do Sul e a atletas olímpicos. A cerimônia teve um componente político ao levar à tribuna de honra integrantes do Supremo Tribunal Federal, em especial o ministro Alexandre de Moraes, principal alvo de um protesto marcado para hoje em São Paulo. O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes também participaram.

O evento também ocorreu em meio ao mal-estar causado pela demissão do ministro Silvio Almeida dos Direitos Humanos, que foi alvo de denúcias de assédio sexual que abalaram o governo. A ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, disse aos colegas de Esplanada dos Ministérios ter sido uma das vítimas. Ela não foi à cerimônia.Diferentemente do protocolo adotado no ano anterior, Lula chegou ao desfile sozinho no Rolls-Royce presidencial. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, faltou à cerimônia para ir a um evento de educação no Catar. No ano passado, ela chegou ao lado do marido fazendo o “L” para o público que acompanhava o evento. O símbolo ficou marcado na campanha eleitoral para identificar eleitores do atual presidente.

Ao todo, 32 ministros do governo Lula participam da solenidade: o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio Geraldo Alckmin, as ministras Nísia Trindade (Saúde), Cida Gonçalves (Mulheres), Esther Dweck (Gestão), Simone Tebet (Planejamento), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), Ricardo Lewandowski (Justiça), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), José Múcio (Defesa), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Celso Sabino (Turismo).

Apoio a Moraes

Ao participar do evento em Brasília, Moraes foi exaltado pelo público que acompanhava o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios aos gritos de “Xandão, Xandão”. O ministro respondeu acenando em direção às arquibancadas.

Moraes deve ser o principal alvo da manifestação em São Paulo, que tem como mote um pedido de impeachment contra ele após suspender a rede social “X”, do bilionário Elon Musk, do Brasil. A plataforma foi bloqueada por descumprir decisões judiciais que mandavam excluir conteúdos e perfis que disseminavam discursos golpistas.

Em um evento sem discursos, a intenção do Palácio do Planalto foi passar uma mensagem de união dos Poderes ao reunir os ministros da Corte. A ofensiva de Moraes provocou uma forte reação de bolsonaristas. Lula saiu em defesa do ministro em entrevistas e criticou Musk.

Em pronunciamento em rádio e TV em alusão ao Sete Setembro, na sexta-feira, o presidente disse que a soberania do país não “está à venda” e qualquer pessoa, “tenha a fortuna que tiver”, precisa respeitar a legislação do país. Lula não citou diretamente Musk.

— Nenhum país é de fato independente quando tolera ameaças à sua soberania. Seremos sempre intolerantes com qualquer pessoa, tenha a fortuna que tiver, que desafie a legislação brasileira. Nossa soberania não está à venda. Nenhum país do mundo é de fato independente quando seu povo perde a esperança. Por isso, comemoramos a volta da capacidade de sonhar da nossa juventude, graças à geração de oportunidades para todos e todas — disse Lula.

Relação com militares

Diferentemente da cerimônia do ano passado, quando ainda pairavam desconfianças no governo em relação a militares por causa do 8 de janeiro, a cerimônia deste ano foi marcada pela mensagem de união. Os chefes das três Forças — Exército, Marinha e Aeronáutica — também estavam presentes ao evento.

Como mostrou o GLOBO, contudo, o Palácio do Planalto precisou contornar dificuldades nos bastidores dos preparativos das comemorações do Sete de Setembro deste ano diante do pedido de mais verba das Forças Armadas para mobilizar suas tropas e blindados para o desfile em Brasília. Além disso, organizadores da celebração relataram que causou constrangimento aos militares o fato de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) terem sido convidados a participar do ato. Eles acabaram não participando do evento.

Rio Grande do Sul

O tema do desfile deste ano foi “Democracia e Independência! É o Brasil no Rumo Certo”. A parte cívica foi dividida em quatro temas: atletas olímpicos, retomada da vacinação, presença do Brasil no G20 e reconstrução do Rio Grande do Sul — o governador Eduardo Leite também participou da solenidade.

Apesar de ter entrado em embates com o governo federal pelo ritmo da ajuda ao Rio Grande do Sul por conta dos efeitos da enchentes, Leite disse que o desfile organizado pelo Poder Executivo federal era “um bonito momento para relembrarmos essa admirável mobilização que uniu o país em favor” do estado.

“O Brasil foi imensamente solidário com o Rio Grande do Sul na calamidade e o 7 de Setembro terá um espaço especial para todos aqueles que se envolveram, desde as forças de segurança até os voluntários”, declarou o governador, em nota antes do desfile.

Entre as instituições homenageadas por atuarem na reconstrução do estado estão militares, bombeiros, Correios, Conab, Força Nacional do SUS, e Movimento de Atingidos por Barragens. Integrantes da Secretaria de Comunicação Social explicam que a ideia é ampliar a participação social no desfile.

As Forças Armadas mobilizaram 31 atletas de alto rendimento para desfilar, entre eles atletas olímpicos como Beatriz Souza, medalha de ouro no judô em Paris. Assim como em 2023, o desfile tve duração de duas horas e eram esperadas 30 mil pessoas para acompanhar o evento.

Um esquema de segurança foi acionado para isolar a Praça dos Três Poderes e bloquear o acesso aos prédios da esplanada. O Congresso Nacional também teve um esquema de segurança especial.

A Esplanada dos Ministérios foi fechada para circulação de veículos já na noite de sexta-feira, a partir das 23h. Há ainda pontos de revista para acesso ao local. A região será monitorada por câmeras, drones e por agentes do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).

Diferentemente do protocolo adotado no ano anterior, Lula chegou ao desfile sozinho no Rolls-Royce presidencial. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, faltou à cerimônia para ir a um evento de educação no Catar. Ano passado, o presidente estava acompanhado pela primeira-dama, Janja Lula da Silva.

Ao todo, 32 ministros do governo Lula participam da solenidade: o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio Geraldo Alckmin, as ministras Nísia Trindade (Saúde), Cida Gonçalves (Mulheres), Esther Dweck (Gestão), Simone Tebet (Planejamento), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), Ricardo Lewandowski (Justiça), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), José Múcio (Defesa), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Celso Sabino (Turismo).

O evento também reuniu ministros do Supremo Tribunal Federal, que será alvo de protesto na tarde deste sábado em São Paulo organizado pela oposição. O ex-presidente Jair Bolsonaro deve discursar no ato marcado para a Avenida Paulista.

Do STF, participam o presidente Luís Roberto Barroso e os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Edson Fachin. Moraes deve ser o principal alvo da manifestação em São Paulo. Durante o evento em Brasília, o magistrado foi exaltado pelo público que acompanha o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios aos gritos de “Xandão, Xandão”. O ministro respondeu acenando em direção às arquibancadas.

O tema do desfile deste ano é “Democracia e Independência! É o Brasil no Rumo Certo”. A parte cívica será dividida em quatro temas: atletas olímpicos, retomada da vacinação, presença do Brasil no G20 e reconstrução do Rio Grande do Sul — o governador Eduardo Leite também participa da solenidad.

Apesar de ter entrado em embates com o governo federal pelo ritmo da ajuda ao Rio Grande do Sul por conta dos efeitos da enchentes, Leite disse que o desfile organizado pelo Poder Executivo federal “será um bonito momento para relembrarmos essa admirável mobilização que uniu o país em favor” do estado.

“O Brasil foi imensamente solidário com o Rio Grande do Sul na calamidade e o 7 de Setembro terá um espaço especial para todos aqueles que se envolveram, desde as forças de segurança até os voluntários”, declarou também o governador, em nota.

Entre as instituições que serão homenageadas por atuarem na reconstrução do estado estão militares, bombeiros, Correios, Conab, Força Nacional do SUS, e Movimento de Atingidos por Barragens. Integrantes da Secretaria de Comunicação Social explicam que a ideia é ampliar a participação social no desfile.

As Forças Armadas já mobilizaram 31 atletas de alto rendimento que irão desfilar, entre eles atletas olímpicos como Beatriz Souza, medalha de ouro no judô em Paris. Assim como em 2023, o desfile terá duração de duas horas e tem expectativa de que 30 mil pessoas acompanhem o evento. Mais uma vez, não haverá presença de escolas cívico-militar, por não ser uma política incentivada pelo governo Lula.

Um esquema de segurança foi acionado para isolar a Praça dos Três Poderes e bloquear o acesso aos prédios da esplanada. O Congresso Nacional também terá um esquema de segurança especial.

Apesar de não haver previsão e movimentações atípicas na capital federal, as manifestações bolsonaristas marcadas para acontecer em São Paulo na data são ponto e atenção das autoridades.

A expectativa é que o evento dure duas horas e seja acompanhado por 30 mil pessoas espalhadas pelas arquibancadas montadas na esplanada dos ministérios. Mais uma vez, não haverá presença de escolas cívico-militar, por não ser uma política incentivada pelo governo Lula.

A Esplanada dos Ministérios foi fechada para circulação de veículos já na noite de sexta-feira, a partir das 23h. Há ainda pontos de revista para acesso ao local. A região será monitorada por câmeras, drones e por agentes do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).

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Da Redação

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