Mulheres de várias cidades do país irão às ruas neste domingo (7) para protestar contra o aumento dos casos de feminicídio e todas as formas de violência que violam o direito das mulheres a viver com liberdade e segurança. Em São Luís, o ato está marcado para as 9h, na Praça da Igreja do Carmo, durante a Feirinha, e integra a mobilização nacional organizada por coletivos, movimentos sociais e organizações feministas.
Com o lema “Basta de feminicídio. Queremos as mulheres vivas”, as manifestações buscam romper o silêncio, exigir justiça e denunciar a impunidade que ainda predomina em grande parte dos casos de violência de gênero. Capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba, Brasília, Campo Grande e Teresina também terão atos ao longo do dia.
A convocação ganhou força após uma série de feminicídios recentes que chocaram o país. Em Brasília, o corpo carbonizado da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, foi encontrado na sexta-feira (5). O soldado Kelvin Barros da Silva, de 21 anos, confessou o assassinato e está preso. No fim de novembro, Tainara Souza Santos teve as pernas mutiladas após ser atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro, o motorista responde por tentativa de feminicídio. No Rio de Janeiro, duas funcionárias do Cefet-RJ foram assassinadas a tiros por um colega de trabalho, que depois tirou a própria vida.
De acordo com o Mapa Nacional da Violência de Gênero, cerca de 3,7 milhões de mulheres sofreram violência doméstica nos últimos 12 meses. Somente em 2024, 1.459 mulheres foram vítimas de feminicídio, uma média de quatro mortes por dia.
Em 2025, o país já registra mais de 1.180 feminicídios e quase 3 mil atendimentos diários pelo Ligue 180, segundo o Ministério das Mulheres.

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