
A presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, foi declarada vencedora das eleições presidenciais realizadas em 29 de outubro, com 97,66% dos votos, segundo dados divulgados pela comissão eleitoral após a apuração de quase 32 milhões de votos. Os 16 candidatos adversários somaram apenas 2,34% dos votos.
O pleito ocorreu em um cenário de exclusão de candidatos de oposição, incluindo Tundu Lissu (CHADEMA), preso por acusações de traição, e Luhaga Mpina (ACT-Wazalendo), impedido de concorrer.
Logo após a divulgação dos resultados, manifestações tomaram várias cidades do país, com jovens bloqueando vias, queimando pneus, incendiando estações de polícia e enfrentando a repressão da polícia, que utilizou gás lacrimogêneo e tiros. A ONU registrou ao menos 10 mortes, enquanto ativistas da oposição afirmam que o número de vítimas passa de 700.
A eleição teve turno único e votação concluída no mesmo dia. Observadores internacionais criticaram o processo, afirmando que as condições para uma eleição competitiva não foram atendidas, devido ao cerceamento de candidatos, cortes de internet e presença militar reforçada nas ruas.
O episódio evidencia tensões políticas na Tanzânia e levanta questionamentos sobre transparência e legitimidade eleitoral no país.


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