O político de centro-direita Rodrigo Paz assumiu a presidência da Bolívia neste sábado (8), encerrando um ciclo de duas décadas de governos de esquerda no país. A posse ocorre em meio à pior crise econômica das últimas quatro décadas, marcada pela escassez de dólares e combustíveis.
Eleito pelo Partido Democrata Cristão, Paz herda uma inflação anual de 19% registrada até outubro, após um pico de 25% em julho. A crise é atribuída ao esgotamento das reservas cambiais durante o governo de Luis Arce, que manteve altos subsídios à gasolina e ao diesel.
Como resposta, o novo presidente prometeu cortar mais da metade dos subsídios e implementar um programa de “capitalismo para todos”, voltado à formalização da economia e à redução de impostos. O ex-presidente Evo Morales, que iniciou a era da esquerda em 2006, se opôs à eleição e defendeu o voto nulo.
A cerimônia de posse, realizada em La Paz, contou com mais de 50 delegações internacionais, incluindo os presidentes Gabriel Boric (Chile) e Javier Milei (Argentina). Apesar da mudança ideológica, Rodrigo Paz afirmou que pretende manter o diálogo com o governo brasileiro.
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