Rio Grande do Sul estima em R$ 19 bilhões gastos para restruturar o estado; veja detalhamento

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O Rio Grande do Sul prevê demanda de quase R$ 19 bilhões para restruturar todas as estruturas destruídas pelas chuvas e enchentes e prestar assistência às famílias atingidas pelas chuvas e enchentes que deixam o estado em cenário de guerra há mais de uma semana.

O plano de restauração foi apresentado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) no começo da tarde desta quinta-feira, e foi elaborado com base na estrutura necessária para a contenção da tragédia no Vale do Taquari (RS), em setembro passado.

— Estimamos um valor para as finanças das políticas públicas, além de restabelecer e reconstruir lugares e vidas que foram afetadas pelas chuvas. Isso vai exigir um esforço do orçamento público nesses próximos meses — afirmou Leite. — Fazemos essa estimativa porque nada do Rio Grande do Sul pode ser tomado de decisão sem a participação do Rio Grande do Sul.

O governador definiu três eixos principais para a atuação dos recursos emergenciais: assistência, restabelecimento e reconstrução. Para serviços de assistência, seja no resgate de vítimas e busca por desaparecidos quanto na segurança, o governo prevê a necessidade de cerca de R$ 2,6 bilhões.

Nesse valor, estão inclusas estimativas de gasto com reforço de forças de segurança (R$ 217,1 milhões), estrutura de governo emergencial (R$ 1,5 milhão), assistência, como abrigos, aluguel social e benefício extraordinário do Volta por cima, programa de auxílio à população em situação de pobreza e extrema pobreza (R$ 2 bilhões), auxílio aos municípios por cofinanciamento (R$ 200 milhões) e custeio em saúde (R$ 252,3 milhões).

Já para custeio com restabelecimento de atividades no estado, como a desobstrução e manutenção de vias, auxílio às Defesa Civis municipais e estruturação de casas e escolas, eles preveem gasto de R$ 7 bilhões. Esses recursos seriam, então, destinados a serviços de Defesa Civil (R$ 209 milhões), restabelecimento de escolas estaduais (R$ 1,84 bilhão) e de moradia (R$ 1,99 bilhão), projetos de manutenção e reconstrução (R$ 63 milhões), manutenção de estradas vicinais (R$ 790 milhões), de rodovias (R$ 500 milhões) e de vias urbanas (R$ 1,5 bilhão), reparo ou recompra de balsas (R$ 12,4 milhões) e remoção e destinação de resíduos (R$ 260 milhões).

Em um terceiro momento, ainda há a necessidade de atividades de reconstrução de estruturas e da economia do estado, devastada pelas chuvas desde a última semana, e onde seria aplicado o restante dos R$ 18,8 bilhões totais estimados pelo governo Leite.

Para essas atividades, ele prevê R$ 368 milhões para apoio à agricultura, R$ 1 bilhão em apoio a empresas, R$ 759 milhões para a reconstrução de escolas, R$ 65 milhões para a estrutura do governo, R$ 2,97 bilhões para a reconstrução de moradias pelo estado, R$ 3,6 bilhões para pontes, R$ 96 milhões para unidades de saúde e R$ 77 milhões para a recomposição de áreas degradadas. ( o Globo )

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Da Redação

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