Uma desavença política no Maranhão entre o atual governador, Carlos Brandão (PSB), e um ex-aliado político, o deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade), ganhou contornos maiores, que incluem o lançamento de suspeitas sobre assessores do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), ex-governador do estado.
Numa petição enviada no último dia 25 de março ao ministro Alexandre de Moraes, o procurador-geral do estado do Maranhão, Valdenio Caminha, que atua em defesa do governo de Brandão, pediu uma investigação sobre dois auxiliares diretos de Dino no STF por “possível atuação criminosa”.
Caminha insinua, sem provas evidentes, que os dois assessores supostamente teriam repassado ao Solidariedade, de Othelino, documentos da Procuradoria-Geral do Maranhão, numa ação que o partido move contra a administração Brandão no STF. Os dois assessores são procuradores do estado concursados, mas hoje não atuam em defesa do estado, pois estão cedidos ao gabinete de Dino no STF, onde trabalham.
Até o momento, Alexandre de Moraes não despachou sobre o pedido de investigação.
A ação do Solidariedade – cujo diretório estadual é comandado pela irmã de Othelino – foi ajuizada em 2024 no STF para denunciar atos de nepotismo de Brandão, com a nomeação de 14 parentes para cargos de alto escalão no governo e no Legislativo.
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