Quase 130 mil pessoas estão sem energia em São Paulo após chuvas

Nesta sexta-feira à tarde, São Paulo foi atingida por uma forte tempestade, resultando em alagamentos, quedas de árvores e interrupções no fornecimento de energia elétrica. Tais fenômenos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes, colocando à prova a infraestrutura urbana da cidade.

Dados da concessionária Enel indicam que, por volta das 18h30, aproximadamente 126.567 clientes estavam sem energia na capital. Nos 24 municípios da região metropolitana atendidos pela empresa, esse número subiu para 160.773, evidenciando a extensão da interrupção elétrica causada pelas chuvas.

Segundo a empresa, equipes técnicas foram mobilizadas com antecedência para reparar o serviço a cerca de 157 mil clientes impactados. Essa ação faz parte de uma estratégia abrangente para reduzir os efeitos negativos das condições climáticas extremas enfrentadas pelos moradores da região.

A tempestade também impactou o transporte público paulistano. A Linha 1-Azul do metrô, uma das principais, enfrentou interrupções provocadas por inundações na estação Jardim São Paulo. Além disso, a Linha 7-Rubi da CPTM teve operações comprometidas entre as estações Campo Limpo e Botujuru, afetando muitos passageiros.

A zona norte de São Paulo foi particularmente atingida, com diversas avenidas submersas. Vídeos nas redes sociais mostram a gravidade da situação, com veículos sendo arrastados pela correnteza. No Shopping Center Norte, o teto cedeu devido à força das chuvas.

Desabamentos como o ocorrido na Rua Alfredo Pujol em Santana, onde uma casa colapsou, ressaltam os riscos que eventos climáticos extremos representam para áreas urbanas densamente povoadas. Felizmente, não houve vítimas nesse incidente, mas a situação destaca a necessidade urgente de uma infraestrutura resiliente.

A tempestade em São Paulo revela tanto as vulnerabilidades das grandes cidades brasileiras frente às mudanças climáticas quanto a capacidade de resposta de autoridades públicas e concessionárias. A implementação de planos emergenciais e esforços rápidos de restauração são essenciais, mas é crucial desenvolver estratégias de longo prazo para investir na infraestrutura urbana e mitigar o impacto de eventos climáticos extremos no futuro.