Santo Amaro (MA) – O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios esteve presente nas últimas semanas em Santo Amaro, realizando protestos e alertando a população sobre a possível retirada da agência dos Correios do município. A movimentação ocorre após um longo impasse envolvendo a Prefeitura de Santo Amaro e a direção dos Correios.
O centro da polêmica é o prédio onde os Correios funcionam desde a emancipação do município. Segundo os trabalhadores, o imóvel foi doado pela prefeitura ao órgão federal ainda na gestão do primeiro prefeito, Jaime Barra. A agência, que nunca pagou aluguel desde então, afirma que está disposta a começar a pagar pelo espaço para continuar funcionando na cidade. No entanto, a atual gestão municipal solicitou a devolução do prédio para instalar uma nova secretaria municipal no local, o que gerou forte repercussão na cidade.
De acordo com os Correios, não há outros imóveis legalizados disponíveis em Santo Amaro para a locação. Eles alegam que os únicos prédios com documentação regular pertencem à própria prefeitura, o que complica a permanência da agência no município.
A equipe do Portal em Maranhão esteve em Santo Amaro para acompanhar o desenrolar do caso. No mesmo período, a Câmara de Vereadores realizou uma sessão extraordinária para discutir a situação. O assessor da administração municipal, Sr. Heitor, usou a tribuna para expor a versão da prefeitura, afirmando que foram feitas tentativas de diálogo com a Superintendência dos Correios em São Luís, mas que não houve retorno satisfatório.
A sessão, no entanto, foi marcada por tumulto. Houve confusão regimental, com vereadores discutindo fora da ordem, sem uso regular da palavra. Apesar disso, o vereador Geni Silva apresentou um requerimento pedindo que a agência dos Correios permanecesse no local atual. O documento foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares.
Mesmo com o apoio da Câmara, a situação permanece indefinida. A população segue preocupada com a possibilidade de perder um serviço essencial, enquanto sindicato, vereadores e população aguardam uma solução definitiva para o impasse.
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