Presidente da Federação Maranhense recebe R$ 215 mil por mês enquanto clubes enfrentam crise e prêmio de campeão estadual é de apenas R$ 100 mil

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O presidente da Federação Maranhense de Futebol (FMF), Antônio Américo Lobato Gonçalves, está há 14 anos no comando da entidade e tem sido alvo de fortes críticas nas redes sociais e entre representantes do futebol local. O motivo: seu salário mensal de R$ 215 mil, o que equivale a mais de R$ 2,6 milhões por ano — valor 26 vezes maior que a premiação recebida pelo campeão estadual de 2025.

De acordo com os dados divulgados por páginas locais como “Nas Ruas de Itz”, o Maranhão Atlético Clube, vencedor do Campeonato Maranhense deste ano, recebeu apenas R$ 100 mil de premiação. Já o vice-campeão, Imperatriz, ficou com R$ 50 mil. Clubes como IAPE, Sampaio Corrêa, Moto Club e Tuntum, que terminaram entre o 3º e o 6º lugares, receberam R$ 20 mil cada. Pinheiro e Viana, 7º e 8º colocados, levaram R$ 10 mil.

Além da disparidade entre os recursos destinados à presidência e os valores entregues aos clubes, a gestão de Américo é marcada por denúncias de falta de transparência, reajustes salariais milionários e uma condução considerada distante dos clubes e da realidade do futebol maranhense.

Antônio Américo assumiu a presidência da FMF em 2011, inicialmente como interino, com a promessa de permanecer apenas 30 dias. Catorze anos depois, permanece à frente da federação, agora sendo chamado por muitos de “dono da cadeira”.

Enquanto o presidente circula em viagens bancadas com recursos da CBF, os clubes do estado enfrentam falta de investimentos, dificuldades para manter categorias de base e convivem com estádios sucateados. A crise evidencia o abismo entre a cúpula administrativa da FMF e a realidade dos times que disputam um dos campeonatos estaduais mais frágeis do país.

O episódio reacende o debate sobre a transparência e os critérios de distribuição de recursos no futebol local, e pressiona por uma renovação na estrutura da entidade, que há anos vem sendo comandada por um mesmo grupo, sem grandes avanços esportivos ou estruturais no cenário estadual.

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Da Redação

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