Decisão da Câmara de Vereadores, que ignorou o debate público, gera revolta e acusações de conivência no Maranhão.
O cenário político de Igarapé Grande (MA) foi abalado nesta sexta-feira (07/11) com o retorno do prefeito João Vitor Xavier ao seu cargo, após quatro meses de “licença pessoal”. O retorno ocorre em meio a uma grave acusação de homicídio qualificado contra o gestor, que é réu confesso pela morte a tiros do PM Josué da Silva, ocorrida em julho de 2025.
O Caso e a Situação Judicial
Após o crime, o prefeito chegou a ser afastado e permaneceu foragido por três dias, apresentando-se às autoridades somente após intensa repercussão do caso nas redes sociais e na imprensa.
Atualmente, João Vitor Xavier responde ao processo em liberdade provisória, uma decisão judicial que o permite aguardar o julgamento fora da prisão. O julgamento pelo assassinato do policial está agendado para o ano de 2026.
A retomada do mandato foi autorizada pela Câmara Municipal de Igarapé Grande, que chancelou o retorno sem realizar qualquer debate público, audiência ou apresentar um impedimento judicial formal, tratando o ato como uma mera rotina administrativa.
A postura do Legislativo gerou uma onda de indignação generalizada. Juristas, servidores públicos e a população acusam a Câmara de conivência e de priorizar os arranjos do poder político em detrimento da ética e da justiça. A alegação principal é que, apesar de o prefeito ter o direito legal de responder em liberdade, sua permanência no cargo, enquanto réu por um crime grave, compromete a moralidade administrativa.

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