Com a economia em crescimento, os indicadores tendem a melhorar. No caso do Maranhão, um mensurador que indica essa nova fase é o potencial de consumo apurado pelo IPC Maps, estimado para 2023 em R$ 115 bilhões. Somente o consumo urbano responderá por R$ 92,3 bilhões e o rural, por R$ 22,6 bilhões.
De acordo com os dados do IPC Maps, atualizado anualmente pela IPC Marketing Editora, o share de consumo no Maranhão corresponde a 1,71014, o que coloca o estado na 15ª posição no ranking nacional.
As classes B e C lideram o potencial de consumo no estado, estimado este ano em R$ 34,2 bilhões (37,1%) e R$ 31,6 bilhões (34,2%), respectivamente. Já as classes D/E responderão por um consumo de R$ 18,3 bilhões (19,9%) e a classe A por R$ 8 bilhões (8,8%).
No detalhamento do consumo estimado pelos maranhenses este ano, o maior comprometimento das despesas será com habitação, em torno de R$ 17,7 bilhões, seguido de alimentação em domicílio, no valor de R$ 11,5 bilhões e veículo próprio, R$ 10,8 bilhões. Mas tem ainda consumo de outros itens, como alimentação fora do lar, vestuário, mobiliário e artigos do lar, higiene e cuidados pessoais, plano de saúde, educação, transportes urbanos, entre outros gastos.
Todo esse potencial de consumo vai ter impacto na economia, movimentando, sobretudo, as 299.377 empresas instaladas no Maranhão, sendo 33.550 industriais, 145.309 de serviços, 117.973 comerciais e 2.545 do agronegócio.
Municípios
São Luís apresenta o maior potencial de consumo entre os 217 municípios maranhenses, estimado em 30,5 bilhões (24ª posição no ranking nacional), com share de 0,45377.
Contando com São Luís, os 10 maiores potenciais de consumo no Maranhão estão representados pelos municípios de Imperatriz (R$ 6,4 bilhões), São José de Ribamar (R$ 3,8 bilhões), Timon (R$ 2,9 bilhões), Caxias (R$ 2,7 bilhões), Paço do Lumiar (R$ 2,6 bilhões), Açailândia (R$ 2,2 bilhões), Balsas (R$ 2,0 bilhões), Santa Inês (R$ 1,7 bilhão) e Codó (R$ 1,7 bilhão).
Base nacional
Com base na atual expectativa de alta do PIB em apenas 1,2%, as famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 6,7 trilhões ao longo deste ano, o que representa um aumento real de 1,5% em relação a 2022. Essa é a conclusão da pesquisa IPC Maps 2023, especializada há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, de acordo com fontes oficiais.
Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo, a movimentação ainda é baixa em comparação ao incremento de 4,3% verificado no ano passado, quando a economia se reergueu dos reflexos negativos da pandemia, somado aos repasses de valores significativos, por meio de programas sociais à população mais carente.
“As benesses do então Governo Federal deixaram um saldo negativo ao atual, que não tem condições financeiras, pelo menos por enquanto, de puxar o progresso econômico por meio do consumo das famílias, principalmente aquelas de baixa renda”, avalia.
Por outro lado, o levantamento indica a ampliação em 5% do perfil empresarial no País, resultando em mais de 1 milhão de novas unidades nos setores de indústria, serviços, comércio e agribusiness.
Outro destaque é a Região Sul que, devido ao processo de migração social positiva, com uma quantidade maior de domicílios nas classes mais altas, recupera sua tradicional vice-liderança e ultrapassa o Nordeste no ranking de consumo entre as regiões brasileiras.
“Enquanto a média nacional da evolução nominal do potencial de consumo é de 7,5%, no Sul esse número é de 9,4%, graças ao desempenho das classes A, B1 e B2 que apresentam uma elevação de, respectivamente, 19,7%, 13,6% e 20,4%”, explica o pesquisador.

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