A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada a cinco anos e três meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal), na última sexta-feira (22).
Por 9 votos a 2, a parlamentar foi punida pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Zambelli era ré no julgamento da Corte em razão do episódio de perseguição armada contra o jornalista Luan Araújo que aconteceu às vésperas do segundo turno das eleições, em outubro de 2022.
Zambelli virou ré após perseguir com arma um eleitor do presidente Lula em 2022 – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Na ocasião, a deputada sacou uma arma de fogo e perseguiu o eleitor do presidente Lula após os dois trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.
Anteriormente, Zambelli já havia sido condenada à prisão pela Corte Suprema por ser apontada como a autora intelectual da invasão para emissão de um mandato falso de prisão contra Alexandre de Moraes.
Maioria dos ministros do STF votaram a favor da condenação de Zambelli
No julgamento virtual da ação penal, o relator, ministro Gilmar Mendes e os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Edson Fachin, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso votaram a favor da condenação da deputada.
Maioria do STF votou a favor da condenação de Zambelli – Foto: Bruno Moura/STF/ND
Já os magistrados Nunes Marques e André Mendonça não acompanharam a decisão dos ministros e votaram contra a condenação de 5 anos e três meses de prisão à Carla Zambelli. A votação terminou em 9 votos a 2 a favor da sentença.
Defesa de Zambelli contesta decisão do STF
Em nota à imprensa, o advogado da parlamentar, Fábio Pagnozzi, comunicou que a condenação será ‘firmemente contestada’ ao violar princípios básicos do devido processo legal e revelar “interpretação extensiva e arbitrária da competência da Suprema Corte”.
“A deputada reafirma sua inocência e que é vítima de perseguição política, justo às vésperas de seu pedido de extradição, em um julgamento recorde”, declarou o advogado em comunicado.

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