Policiais militares flagrados jogando homem de ponte em SP são afastados

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Os policiais militares flagrados jogando um homem de uma ponte foram identificados e afastados, segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Muraro Derrite. Imagens que circulam nas redes sociais mostram um agente levantando uma moto que está no chão. Em seguida, outro militar aparece segurando o homem pela camiseta azul, que seria o motociclista abordado. Ele se aproxima da ponte e joga o homem no rio.

Em um comunicado ao GLOBO, Derrite disse que “a ação não encontra respaldo nenhum entre os procedimentos operacionais da Polícia Militar”. Ele também disse que determinou o “afastamento imediato de todos os policiais envolvidos” e abertura de uma investigação na Corregedoria.

— Ações isoladas não podem denegrir a imagem de uma instituição que tem quase 200 anos de bons serviços prestados para a nossa população. Não vamos tolerar nenhum tipo de desvio de conduta de nenhum policial no estado de São Paulo — declarou o secretário.

Mais cedo, o ouvidor das polícias, Cláudio Silva, disse à TV Globo que também pediria o afastamento de todos os oficiais envolvidos no caso.

— Tanto do policial que pratica o ato quanto dos outros, que estavam ali e de certa forma não atuaram para que aquilo não ocorresse, ou não informaram as autoridades que aquele policial tinha feito aquela ato — afirmou ele.

Não há informações sobre a identidade e o destino da vítima após ter sido jogada no rio. Os agentes que aparecem nas imagens seriam do 24º BPM de Diadema, na Grande São Paulo, e teriam perseguido a moto até a Zona Sul de São Paulo, na Cidade Ademar, segundo o G1. O agente que aparece segurando o homem de camiseta azul fazia parte da Rondas Ostensivas com Apoio de Motos (Rocam).

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) também informou que “a Polícia Militar repudia veementemente a conduta ilegal adotada pelos agentes públicos no vídeo mostrado. Assim que tomou conhecimento das imagens, a PM instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar os fatos e responsabilizar os policiais envolvidos nessa ação inaceitável”.

“Todos os policiais que estavam em serviço na área identificada foram convocados e já estão sendo ouvidos. A instituição reitera seu compromisso com a legalidade, sem tolerar qualquer desvio de conduta”, finaliza o comunicado.

( o Globo )

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Da Redação

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