Mais um policial militar suspeito de estar envolvido na execução do delator do Primeiro Partido da Capital (PCC), Vinícius Gritzbach, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi preso neste sábado (18/1).
Com isso, sobe para 16 o número de PMs presos por suspeita de ligação com a morte do empresário. Os outros 15 policiais militares, detidos nessa quinta-feira (17/1), tiveram a prisão mantida pela Justiça Militar no dia seguinte, após passarem por audiência de custódia.
Os demais presos prestavam escolta privada ao empresário, apesar do histórico criminal conhecido de Gritzbach. Eles também são investigados por suspeita de ligação com o PCC.
Entre os militares investigados está um policial da ativa, o cabo Dênis Antonio Martins, identificado como o autor dos disparos que mataram o delator da facção criminosa.
Após a Operação da Corregedoria da própria PMSP que levou à prisão dos investigados, nesta semana, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) elogiou as polícias do estado.
“As polícias de São Paulo têm compromisso inegociável com a ética e legalidade. Desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei”, afirmou o governador, no X (antigo Twitter), na quinta-feira (16/1).
Entenda o caso:
- Gritzbach foi assassinado em novembro do ano passado em frente ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O homem de 38 anos era jurado de morte do PCC;
- Durante uma delação explosiva, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar as extorsões realizadas por policiais civis. Tanto policiais civis quanto militares investigados pela força-tarefa foram afastados de suas funções;
- Uma operação da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo que busca policiais militares acusados de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) prendeu 15 suspeitos da morte de Vinícius Gritzbach, na quinta-feira (16/1);
- Entre os agentes presos está o policial militar da ativa, Dênis Antonio Martins, identificado como o autor dos disparos que mataram o delator do PCC;
- Outro tenente foi preso neste sábado (18/1). Ele é suspeito de ser o condutor do carro usado pelos criminosos para a execução.
- A Operação Prodotes teve início após uma denúncia anônima recebida em março de 2024, apontando possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC;
- A investigação indica que policiais militares prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar de seu histórico criminal. Segundo as apurações, tais ações caracterizavam a integração de policiais à organização criminosa;
- Além disso, a investigação indica que informações estratégicas vinham sendo vazadas por policiais militares, incluindo da ativa, da reserva e ex-integrantes da instituição. Isso permitiu que membros do PCC evitassem prisões e prejuízos financeiros.
Via: Metrópoles
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