Em uma publicação na qual Pimenta falava que “o número de fake news correndo as redes sociais quadruplicou desde o início da tragédia no Rio Grande do Sul” e acusava a extrema-direita pela disseminação das notícias falsas, Michele Prado comentou: “Qual estudo, ministro?”.
Sobre a pesquisa, Michele classificou como incorreto o dado de que 31% dos discursos com sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais sejam desinformação, como divulgado em alguns veículos de comunicação.
“Um adendo: Nós do grupo de pesquisa Monitor do Debate Político no Meio, não classificamos se os discursos com sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais eram queixas legítimas, desinformação ou fake news. Fizemos a análise quantitativa de sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais sem classificar como desinformação. Os 31% refere-se só e somente ao volume de discursos com sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais, não houve análise qualitativa e NÃO classificamos como desinformação”, diz a postagem.
Depois disso, a pesquisadora passou a sofrer ataques de militantes descontentes com as afirmações. Michele bloqueou o acesso a seu perfil no X e proibiu comentários em suas postagens. Sem mais detalhes, ela apontou a existência de uma milícia digital orquestrada pelo governo e afirmou haver “milhares de campanhas” contra ela atuando ao mesmo tempo. Em seu perfil no X, tanto militantes de esquerda quanto de direita criticaram a influenciadora, que chegou a ser um dos assuntos mais comentados da rede social.
“Michele Prado sabia esse tempo todo do gabinete do ódio da esquerda, mas só revelou agora que foi demitida. Essa é a turma que se diz especialista da ‘extrema-direita’”, escreveu o influenciador conservador Kim Paim.
A influenciadora de esquerda Kriska Pimentinha afirmou: “Vocês ficam dando palco para a mitômana Michele Prado, que logo ela aparece aí como vereadora, viu?”.
Michele Prado foi ligada a movimentos de direita e eleitora de Jair Bolsonaro em 2018. Em 2022, ela pediu votos para Lula para “impedir o crescimento da extrema-direita” e passou apontar o avanço de “crenças extremistas”.
Autora do livro “Tempestade Ideológica — bolsonarismo: a alt-right e o populismo i-liberal no Brasil”, Michele vinha pesquisando formas de extremismo online, apontando o papel dos influenciadores como atores digitais desses movimentos. (Metropoles)
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