O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor, decidiu não dar prosseguimento ao pedido de impeachment contra o prefeito Eduardo Braide. A guinada ocorreu após uma série de reuniões com aliados ao longo do fim de semana, período marcado também pelo pagamento de emendas parlamentares pelo Executivo e pelo crescente receio de desgaste político em um embate direto com o prefeito.
A denúncia, apresentada por dois auditores fiscais aposentados, estava prevista para entrar na pauta da sessão desta terça-feira. O pedido acusava Braide de crime de responsabilidade por supostamente descumprir a Lei nº 7.729, que atualiza o teto remuneratório municipal. Segundo os autores, ao não aplicar integralmente a legislação, o prefeito teria deixado de promover o reajuste que impacta inclusive o subsídio do chefe do Executivo.
Com a decisão de Paulo Victor, o processo não avançará para análise das comissões, encerrando — ao menos por ora — a possibilidade de abertura de um processo de impeachment. Nos bastidores, vereadores afirmam que prevaleceu a avaliação de que o enfrentamento poderia gerar instabilidade política num momento em que a Câmara busca manter diálogo com o Executivo.


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