Pais de povoados de Humberto de Campos denunciam abandono da prefeitura e exigem matrícula e transporte escolar para seus filhos

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Pais e mães dos povoados de Humberto de Campos se reuniram nesta semana para cobrar respostas urgentes do prefeito e da Secretaria Municipal de Educação (SEMED). Segundo eles, suas crianças estão sendo impedidas de estudar em condições dignas por causa da falta de estrutura nas escolas dos povoados e pela recusa da prefeitura em fornecer transporte escolar para que os alunos possam estudar na sede.

As famílias relatam que as escolas dos povoados — como as do Mato Grosso — estão em situação precária, sem estrutura mínima para receber as crianças. Por isso, as mães estão pedindo que seus filhos possam ser matriculados na sede, onde há escolas adequadas. No entanto, a SEMED informou que só permitiria essas matrículas se os pais arcassem com o transporte escolar por conta própria, afirmando que a prefeitura não irá fornecer ônibus para crianças que estudem fora do povoado.

Uma das mães explicou: “Como é que querem que nossas crianças estudem nas escolas dos povoados se elas não têm estrutura nenhuma? É impossível aceitar isso. Eles querem que nossos filhos fiquem em escolas sem condições.”

Após enfrentarem dificuldades nas matrículas e rematrículas, os moradores buscaram o Conselho Tutelar, que emitiu um documento oficial pedindo que a Promotoria interfira na situação. O órgão reconheceu o direito das famílias e reforçou que as crianças têm direito ao estudo em local seguro e estruturado.

Mesmo assim, segundo os pais, nem o prefeito nem o Secretário de Educação respondem às tentativas de contato. Eles afirmam que já enviaram mensagens pelas redes sociais, procuraram pessoalmente, mas continuam sendo ignorados.

“É revoltante! Estamos tentando de todas as formas: promotoria, Conselho Tutelar, prefeitura, SEMED… e ninguém dá resposta. Nossos filhos não podem pagar por essa falta de responsabilidade”, desabafou uma das mães durante o encontro.

A comunidade afirma que não irá recuar e continuará cobrando até que seus filhos tenham seus direitos respeitados. “Nós não vamos nos calar. Se as escolas do povoado não têm estrutura, é obrigação da prefeitura resolver — e não jogar o problema nas costas dos pais”, concluiu uma das líderes do grupo.

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Da Redação

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