
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que o pai que acionou policiais militares armados para entrar na Emei Antônio Bento, na Zona Oeste de São Paulo, é um PM da ativa. O nome do militar aparece no Portal da Transparência como soldado de 1ª Classe, mas não será divulgado para preservar a identidade da criança envolvida.
Segundo testemunhas, a ação resultou na presença de 12 policiais dentro da escola, incluindo um portando arma de alto calibre. Uma servidora afirma ter sido pressionada contra a parede e ter uma arma encostada em seu corpo durante a abordagem, que teria durado cerca de 20 minutos. Relatos apontam que um dos PMs gritou várias vezes durante a intervenção.
Funcionários afirmam que os policiais permaneceram dentro da unidade por mais de uma hora, diante de pais e responsáveis que presenciaram toda a situação. O caso ocorreu em 11 de novembro, depois que o pai acionou a PM alegando que a filha estaria sendo “obrigada” a participar de uma “aula de religião africana”. A confusão começou após a menina fazer um desenho com o nome “Iansã”, orixá associado a ventos e tempestades.
A funcionária envolvida registrou boletim de ocorrência por ameaça contra o pai. Ele também registrou um BO, negando ter danificado um painel da escola ao retirar o desenho da filha.
Moradores da região organizaram um abaixo-assinado em defesa da escola e dos profissionais da Emei Antônio Bento, declarando apoio integral ao corpo docente e acusando os policiais de agirem de forma “errônea e racista” ao classificarem o trabalho pedagógico como inadequado.


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