Oposição diz que queda de Maduro é “irreversível” e pressiona por transição na Venezuela

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A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou nesta sexta-feira (12/12) que a queda do presidente Nicolás Maduro é “irreversível” e que sua saída do poder ocorrerá “com ou sem negociações”. A declaração foi feita em Oslo, na Noruega, durante coletiva realizada por ocasião do Prêmio Nobel da Paz, evento para o qual Machado chegou atrasada e não pôde participar da cerimônia.

Em sua primeira aparição pública após quase um ano, Machado — de 58 anos — reforçou que a oposição prefere uma transição negociada, mas alertou que não dependerá disso para avançar. “Maduro vai sair com, ou sem negociações. Preferimos que seja com acordo, e também seria conveniente para ele”, afirmou.

A opositora também disse que pretende assumir o cargo de vice-presidente em um eventual governo de transição liderado por Edmundo González, apontado pela oposição como o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais de julho de 2024. González está exilado na Espanha desde setembro.

Machado deixou a Venezuela com apoio dos Estados Unidos e chegou a Oslo na quinta-feira (11/12). Sua ameaça ocorre em meio à crescente escalada militar norte-americana na América Latina e no Caribe. Washington acusa Maduro de comandar o cartel de Los Soles, recentemente classificado como organização terrorista internacional, abrindo brechas legais para operações militares no exterior.

Segundo aliados do governo Trump, as recentes ações contra barcos no Caribe e no Pacífico podem evoluir para incursões terrestres na Venezuela “em breve”, ampliando a pressão internacional sobre o regime chavista.

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Da Redação

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