O Ministério Público do Maranhão (MPMA) atendeu ao pedido de remarcação dos depoimentos dos investigados na Operação Tântalo II, que apura fraudes na Prefeitura de Turilândia. As oitivas, originalmente previstas para a última segunda-feira (29), foram adiadas após solicitações das defesas, que alegaram não ter tido acesso aos autos durante o recesso do Judiciário.
A nova previsão é que os depoimentos ocorram nos dias 5, 6, 7 e 8 de janeiro de 2026, na sede do Gaeco, em São Luís.
Segundo o MPMA, as investigações começaram a partir de suspeitas de fraude na compra de combustíveis para veículos da Prefeitura. Entre as irregularidades apontadas estão falsificação de notas fiscais, ausência de prestação de serviços e licitações irregulares. As apurações indicam que o volume de combustível adquirido era incompatível com a frota municipal, e parte dos valores teria sido desviada pela ex-vice-prefeita Janaína Soares Lima e pelo marido, Marlon de Jesus Arouche Serrão, sob a alegação de um imposto destinado a despesas pessoais.
A decisão judicial que resultou na Operação Tântalo II determinou ainda o afastamento do prefeito Paulo Curió e da vice-prefeita Tânia Mendes. Com a vacância simultânea, o presidente da Câmara Municipal, José Luiz Araújo Diniz, assumiu interinamente o comando da Prefeitura. Apesar de estar em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, Diniz mantém o mandato e só pode exercer suas funções presenciais na Prefeitura com autorização do Tribunal de Justiça do Maranhão. Ele está autorizado a comparecer à Câmara apenas em dias de sessão e não pode se ausentar da cidade sem aval judicial.
O MPMA ressaltou que, neste momento, não há risco imediato de retomada das irregularidades, já que contratos e pagamentos considerados fraudulentos estão suspensos por decisão judicial.


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