Operação Tântalo II abre caminho para possível intervenção estadual em Turilândia

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As investigações do Gaeco no âmbito da Operação Tântalo II abriram a possibilidade jurídica de uma eventual intervenção estadual em Turilândia. O cenário passou a ser analisado após a identificação de indícios da atuação de uma organização criminosa estruturada dentro da Prefeitura e da Câmara Municipal.

Por decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), o caso foi encaminhado ao Procurador-Geral de Justiça do Estado, a quem cabe avaliar se estão presentes os requisitos legais e constitucionais para eventual pedido de intervenção. A medida não é automática e depende de análise técnica do Ministério Público e, se provocada, de decisão do Judiciário.

A intervenção somente poderá ser adotada se ficar caracterizada a incapacidade do município de manter o funcionamento regular de suas instituições. O andamento do caso deve ser acompanhado mesmo durante o período de recesso do Judiciário.

Segundo o Ministério Público do Maranhão (MPMA), o esquema investigado teria causado um prejuízo estimado em R$ 56 milhões aos cofres públicos de Turilândia, principalmente nas áreas de Saúde e Assistência Social, por meio de fraudes em licitações, contratos simulados e utilização de empresas de fachada.

Os depoimentos dos investigados, que estavam previstos para esta semana, foram remarcados a pedido das defesas, sob a justificativa de falta de acesso aos autos durante o recesso. As oitivas devem ocorrer entre os dias 5 e 8 de janeiro de 2026, na sede do Gaeco, em São Luís.

Com o afastamento judicial do prefeito e da vice-prefeita, o comando do Executivo municipal passou a ser exercido de forma interina pelo presidente da Câmara Municipal, José Luís Araújo Diniz. Em razão da mudança, a vereadora Inailce Nogueira Lopes assumiu interinamente a presidência da Câmara.

O Ministério Público informou que, neste momento, não identifica risco imediato de retomada das irregularidades, uma vez que os contratos considerados fraudulentos e os pagamentos às empresas ligadas ao ex-prefeito afastado estão suspensos por decisão judicial.

 

 

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Da Redação

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