A declaração ocorreu em meio à repercussão negativa da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no evento de lançamento do SBT News, novo canal de notícias do grupo, realizado na última sexta-feira (12). O ocorrido gerou inúmeras críticas à direção da emissora.
Durante o programa, por sinal, Ratinho defendeu que emissoras de televisão não devem ter lado político, por se tratarem de concessões públicas. Segundo o apresentador, em um comentário indireto sobre a polêmica envolvendo o SBT, o canal da família Abravanel sempre teve uma postura imparcial. Ratinho lembrou das eleições presidenciais de 2022, quando entrevistou os nomes que participaram da disputa.
– O SBT não tem lado, a televisão, nenhuma televisão tem que ter lado, televisão é uma concessão pública, não pode ter lado, tem que deixar todo mundo vir aqui – disse o comunicador durante a entrevista.
BOLSA FAMÍLIA
Na entrevista, Flávio foi perguntado sobre o programa Bolsa Família, sobre o qual defendeu uma retomada da política adotada durante o governo de Jair Bolsonaro. Ele afirmou que a proposta era oferecer uma “porta de saída” aos beneficiários, permitindo que quem conseguisse emprego mantivesse o auxílio por um período de transição, acumulando renda do trabalho e benefício social.
– Como é que o Bolsonaro fazia, e a gente tem que voltar a fazer, Ratinho, ele dava uma porta de saída, falava assim: “Ó, se você arrumar um emprego, você que tá no Bolsa Família, se você arrumar um emprego, você vai ficar mais de dois anos recebendo o Bolsa Família, mais o seu salário, e mais duzentos reais, o governo vai pagar pra você arrumar um emprego” – sugeriu.
Na avaliação do senador, programas de transferência de renda devem funcionar como instrumento de inclusão temporária, e não de dependência permanente do Estado. O senador lembrou que a ampliação do valor do benefício, durante o governo Bolsonaro, se deu justamente em razão do equilíbrio das contas públicas e do combate a desvios em estatais.
– A gente tem que tratar as pessoas com dignidade, e o Estado dá uma mão, dá uma alternativa pra que ela possa caminhar com as próprias pernas e não dependam mais de político nenhum na sua vida – finalizou.


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