A esposa do ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos), Ednéia Carvalho, atribuiu ao “racismo” as denúncias da ong Me Too contra ele por suspeita de assédio de sexual que envolveriam inclusive a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), entre outras vítimas.
Em uma série de postagens em uma rede social na noite desta quinta (5), Ednéia saiu em defesa de Almeida repudiando o que classifica como “ataques baseados em mentiras, ressentimento e racismo” contra ele e “sua equipe ministerial”. “Gente escrota”, emendou em uma das postagens nos Stories do Instagram (veja na íntegra mais abaixo).
“Um homem negro uma mulher negra estão sendo acusados de serem arrogantes e autoritários. É sempre assim. A branquitude (sic) não aceita a negritude com poder”, disse em outra postagem.
Ednéia Carvalho afirmou também que “a internet parece terra de ninguém mesmo”, e que o ministro “quer gente séria, comprometida e dedicada no ministério”.
“Quem saiu de lá por vagabundagem ou incompetência fica agora criando história pra justificar seu fracasso. Porque pessoas felizes não desprezam o seu tempo tentando atrapalhar a vida dos outros”, disparou em outra mensagem.
Embora não diga quem são as pessoas que saíram do ministério, a fala sinaliza uma relação com a justificativa apresentada pelo ministério para as denúncias, de que seriam uma tentativa da ong Me Too interferir no processo licitatório da nova gestão do Disque 100, que foi desmembrado do Ligue 180 após a criação do Ministério da Mulher.
Na época, o serviço era coordenado por Kelly Garcez e Iany Macedo Brum. A primeira foi exonerada em março deste ano, enquanto que a segunda pediu demissão no mesmo dia.
A pasta aponta que Kelly teria arquitetado um plano de denúncia anônima de assédio contra Vinícius de Lara Ribas, então coordenador-geral substituto da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que estava envolvido no monitoramento da licitação.
“As situações acima narradas indicam que há outras circunstâncias a serem apuradas, com seriedade, para coibir abusos, assegurar a responsabilização de quem faz uso indevido da justiça e que possam envolver interesses escusos em torno dos recursos da administração pública”, pontuou.
O ministério ainda afirmou que identificou um possível superfaturamento no processo de licitação, o que levou a Assessoria Especial de Controle Interno a revisar o contrato e reduzir o valor anual de R$ 80 milhões para R$ 56 milhões. Após essa alteração, a Me Too teria tentado novamente influenciar o processo, mas sem sucesso. ( Gazeta do povo )
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