Em 2020, as comunidades Canto do Atins, Ponta do Mangue; Mata Fome; Baixa Grande; Queimada dos Britos e Ponta Verde foram contempladas com o Projeto Luzes nos Lençóis, que levou energia e tudo indicava que seria o fim da espera de muitos anos para algumas comunidades isoladas dentro do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Projeto elaborado pela Equatorial Maranhão.
O intuito era a expansão e universalização da rede elétrica para residências isoladas, buscando assegurar efetivamente o acesso de todos à energia elétrica, a exemplo dos locais mais remotos e que não possuíam redes de distribuição convencionais.
O investimento foi de mais de R$ 3 milhões, a obra utilizou o Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente – SIGFI e teria capacidade para atender residências, escola, posto de saúde e empreendimentos da região. Junto com a eletricidade levar-se-ia também mais qualidade de vida para essas pessoas. Além disso, essas comunidades e pequenos empresários precisam utilizar geradores a óleo diesel e/ou querosene para conseguir produzir energia elétrica, sendo contabilizada uma média 300 litros de óleo diesel por mês para manter um restaurante em funcionamento.
O parque possui cerca de 155 mil hectares, abrigando ecossistemas diversos, entre dunas e lagoas paradisíacas. São cerca de 2 mil habitantes, dentre nativos, pequenos empresários da gastronomia e hotelaria, além de ser um local de grande rotatividade turística. É nessa região, no leste maranhense, que está localizado o famoso vilarejo de pescadores Atins, que ganhou notoriedade devido ao seu potencial turístico e belezas naturais. Situado há cerca de 22 km de Barreirinhas, virou o destino para praticantes de esporte, amantes da natureza e pessoas que buscam tranquilidade e sossego.
Porém dois anos se passaram e o que restou foi sonho destruído e a esperança de dignidade de vida, que virou pesadelo. Além da péssima energia disponibilizada pela Equatorial, o fornecimento em menos de um mês começou a ser interrompido porque as baterias nao aguentavam as cargas e rapidamente descarregavam, indo contra o que foi falado pelos técnicos.
Outra questão foi que a instalação dos equipamentos foi feita por trabalhadores que sequer tiveram um treinamento, sendo pego mão de obra nao especializada e da própria região para fazer essas instalações, sem supervisão de técnicos da Equatorial.
Além da interrupção de energia, falta de técnicos para reparos, as contas estavam chegando diariamente e muitas delas a valores foram da realidade de fornecimento, que chegam ao montante de R$ 3 mil.
As comunidades, que antes sonhavam em ter dignidade, agora vivem um pesadelo.
Nossa equipe de reportagem foi até o local e conferiu de perto o problema enfrentado pelos moradores dessa região.
Nos tentamos contato com os citados, porém sem êxito. Espaço aberto aos citados.
Confira.
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