O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou vista no processo em que o senador Sergio Moro (União-PR) é acusado de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes, interrompendo temporariamente o julgamento da ação penal. Fux terá até 90 dias para devolver o caso ao plenário com seu voto.
A denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), foi motivada por um vídeo gravado durante uma festa junina em 2022, no qual Moro afirmava que um habeas corpus poderia ser “comprado” de Gilmar Mendes. O registro, divulgado nas redes sociais, levou à acusação de que o senador teria a intenção de “macular a imagem e a honra objetiva” do ministro e descredibilizar sua atuação na Corte.
O STF aceitou a denúncia em junho de 2024, tornando Moro réu. A relatora, ministra Cármen Lúcia, teve seu entendimento acompanhado por Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Caso seja condenado a mais de quatro anos de prisão, o senador poderá perder o mandato.
A defesa de Moro, liderada pelo advogado Luís Felipe Cunha, sustenta que as declarações configuraram apenas uma “piada infeliz” tirada de contexto e que o vídeo teria sido editado de forma “maldosa” por terceiros.
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