Um médico de um dos hospitais mais caros de São Paulo planeja acionar a Justiça após perder quase R$ 1 milhão investido na Bolsa de Valores sob orientação de um corretor do Banco Safra, em 2020.
Segundo ele, há mais profissionais que passaram pela mesma situação, com grandes prejuízos financeiros, o que pode render uma ação coletiva contra o banco. O corretor acabou demitido após o caso.
O profissional prefere não ser identificado. Por isso, será chamado de João nesta reportagem.
João vendeu um imóvel e, com o valor do negócio, cerca de R$ 3 milhões, iria comprar uma nova casa, mais cara. O Safra propôs, no início de 2020, que o médico investisse o montante e, simultaneamente, assumisse um empréstimo na instituição para complementar o valor necessário pela nova residência.
Os ganhos mensais com o investimento seriam mais do que suficientes para pagar as parcelas do empréstimo com o banco, se a negociação não tivesse dado errado.
Um corretor do banco orientou João a alocar cerca de R$ 1 milhão na Bolsa de Valores, investimento considerado de alto risco e até então desconhecido pelo médico.
Mais tarde, entre 2021 e 2022, o contador de João identificou um déficit de aproximadamente R$ 900 mil nas contas dele. O montante se referia a perdas atreladas ao investimento na Bolsa recomendado pelo Safra.
Em contato com o banco, o médico descobriu que o corretor não tinha qualificação para recomendar tal movimentação.


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