Médico do Hospital de Paulino Neves volta a realizar mutirão de cirurgias: acompanhantes temem pelas vidas de seus entes queridos

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O Hospital José Ferreira dos Reis, localizado no município de Paulino Neves, está novamente no centro de denúncias preocupantes. Acompanhantes de pacientes estão apreensivos com a possibilidade de que algo grave ocorra com seus entes queridos. As denúncias recorrentes envolvem a conduta do médico plantonista, Dr. Carlos, que atualmente é esposo da diretora do hospital, Gabriele.

O Portal Imaranhão obteve com exclusividade documentos que revelam mais uma série de cirurgias de laqueadura em um mutirão, o que tem se tornado uma prática comum neste hospital. O que chama a atenção é o perfil dos pacientes, todos do município de Humberto de Campos, que não é referência para Paulino Neves. De acordo com as normativas do Sistema Único de Saúde (SUS), essas cirurgias de laqueadura são consideradas eletivas, não urgentes, e, portanto, esses pacientes deveriam ser atendidos pelo Hospital Regional de Barreirinhas.

Isso levanta algumas questões importantes:

  1. Como um hospital de pequeno porte, que conta apenas com um cirurgião geral, consegue realizar 10 cirurgias de alto risco em menos de 30 minutos cada?

  2. Como ficam os pacientes de Paulino Neves que necessitam de atendimento de urgência e emergência? Agora, uma mãe em trabalho de parto, um idoso diabético ou alguém com um ataque cardíaco terá seu atendimento negligenciado com a justificativa de que o médico está ocupado atendendo pacientes de outro município?

A boa prática médica e a ética profissional exigem que um cirurgião tenha uma equipe cirúrgica completa, incluindo um cirurgião auxiliar, para garantir o melhor atendimento aos pacientes.

A Resolução CFM nº 1.490/98 estabelece claramente a responsabilidade do cirurgião titular em compor a equipe cirúrgica com profissionais de saúde qualificados e garantir recursos humanos e técnicos adequados para a segurança e eficácia do procedimento.

Fizemos contato com a Secretaria de Estado de Saúde para saber o posicionamento do Governo do Estado, mas até o fechamento desta matéria, não obtivemos resposta. Continuaremos a acompanhar o desenvolvimento dessa situação preocupante.

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Da Redação

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