As declarações de Marco Aurélio Mello ocorreram em evento promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). Na ocasião, ele considerou que as medidas cautelares contra Silveira representam um “desrespeito” à imunidade parlamentar.
– Vejo, no processo crime aludido ao deputado federal, um obstáculo muito sério de desrespeito à imunidade, como, por exemplo, a tornozeleira que lhe foi imposta. Não foi como pena, foi uma medida cautelar a um congressista. É difícil de conceber – avaliou, segundo informações do Metrópoles.
O ex-magistrado também expressou sua visão sobre a recuperação dos direitos políticos do ex-presidente Lula.
– Tivemos um caso de processos findos em que se aceitou a incompetência territorial do órgão julgador e se ressuscitou um candidato, quem sabe, para fazer frente a uma candidatura à reeleição. Ressuscitou-se alguém que já estava, inclusive, cumprindo pena – declarou ele.
Ele ainda reprovou falas de Lula envolvendo a classe média, a revogação da reforma trabalhista e a regulação dos meios de comunicação, proposta considerada pelo ex-ministro como “totalitária”.
– Penso que um candidato que se diz de um partido dos trabalhadores já cogitou uma marcha à ré quanto à reforma implementada. Como também cometeu um ato falho quando disse que nós, da classe média, temos mais do que merecemos. Como também cometeu um ato falho quando cogitou o controle da mídia. Como? Controlar a mídia? Só se quisermos ter no Brasil uma visão totalitária, maior do que a que se diz que pode estar a reinar no cenário hoje em dia – pontuou.
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