Dados divulgados no site oficial da Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam que o Maranhão registrou um aumento expressivo nos casos de chikungunya e de zika vírus durante todo o ano de 2023.
Os casos de dengue, no entanto, tiveram redução, apesar do aumento expressivo dos casos da doença no Brasil, nos últimos meses, o que tem preocupado as autoridades.
Ainda segundo os dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em 2023 foram confirmados 2.626 casos de chikungunya e 101 de zika, o que representa um aumento de 65% em relação a 2022, somando as duas doenças.
Casos confirmados de dengue, zika e chikungunya no Maranhão
DOENÇAS | 2022 | 2023 |
Dengue | 5.412 | 4.109 (com 3 óbitos) |
Zika | 28 | 101 |
Chikungunya | 1.619 | 2.626 (com 4 óbitos) |
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde (SES)
Dengue, chikungunya e zika vírus são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em água parada, especialmente no verão. Com o início das chuvas no Maranhão, o cenário se torna favorável para a procriação do mosquito, principalmente em espaços onde há lixo acumulado.
Para combater as doenças ligadas ao mosquito, o Ministério da Saúde anunciou que fará a aplicação da vacina contra dengue no Sistema Único de Saúde (SUS).
No Maranhão, as cidades de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara serão as primeiras a receber as doses da vacina. A campanha está prevista para começar a partir de fevereiro.
Serão vacinadas as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
Como funciona a vacina contra a dengue?
Composto por quatro sorotipos distintos, o imunizante utiliza a tecnologia de vírus atenuado, em que a vacina traz o vírus da dengue modificado de forma a infectar, mas não causar a doença. No esquema de duas doses com intervalo de 90 dias, a vacina teve eficácia de 80,2% contra dengue, com período de proteção de 12 meses após o recebimento da segunda aplicação.
Por ser feita com vírus enfraquecido, a vacina é contraindicada para gestantes, lactantes, pessoas com algum tipo de imunodeficiência ou sob algum tratamento imunossupressor. Por esse motivo, a Anvisa ainda não aprovou a aplicação em idosos, que poderiam desenvolver a doença por terem imunidade mais baixa.
Como prevenir a Dengue
Segundo o Ministério da Saúde, a reprodução do Aedes aegypti pode ser evitada de diversas formas. Confira abaixo:
- Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
- Tampe os tonéis e caixas d’água;
- Mantenha as calhas limpas;
- Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
- Mantenha lixeiras bem tampadas;
- Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
- Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
- Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
- Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
- Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;
- Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
- Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
- Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do por do sol;
- Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
- Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa. ( imirante )
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