
O Maranhão contabiliza 906 registros profissionais de jornalista concedidos a pessoas sem formação superior, segundo dados do Ministério do Trabalho. O número coloca o estado na faixa intermediária do Nordeste, que soma 5.518 registros desde a decisão do STF, em 2009, que aboliu a exigência do diploma para exercer a profissão.
No ranking regional, o Maranhão aparece atrás de Bahia, Ceará, Pernambuco e Paraíba, mas supera Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas. No cenário nacional, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais seguem como os estados com maior número de registros.
Mais do que estatística, o dado revela uma transformação silenciosa no ecossistema da comunicação maranhense. A proliferação de blogs, portais e assessorias abriu espaço para profissionais sem formação específica, resultando em um ambiente onde conteúdos são produzidos muitas vezes sem método, sem checagem e sem o rigor técnico antes característico das redações tradicionais.
Especialistas alertam que, embora legal, essa expansão torna a produção de notícias mais suscetível a erros, desinformação e perda de credibilidade — especialmente em um momento em que a sociedade precisa cada vez mais de fontes confiáveis para interpretar temas complexos.


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