O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), James Elder, afirmou nesta terça-feira que mais de 200 crianças foram mortas e 1.100 ficaram feridas no Líbano apenas nos últimos dois meses. O conflito de mais de um ano na região atingiu o país no final de setembro, quando Israel lançou uma grande ofensiva contra o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã.
— O número de mais de 200 [crianças mortas] é apenas nos últimos dois meses. São pelo menos 231 desde o início da guerra no ano passado — afirmou Elder, em uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça.
No início deste mês, o ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, disse à AFP que mais de 2.600 pessoas foram mortas desde que Israel iniciou o lançamento de ataques aéreos intensos, a maioria civis.
Em setembro, Israel deu início a uma campanha militar intensificada contra o Hezbollah, grupo político, militar e paramilitar influente no Líbano, quase um ano após o grupo começar a disparar foguetes contra Israel — em solidariedade ao Hamas pela guerra na Faixa de Gaza. Desde então, a ofensiva israelense já deslocou mais de um quinto da população do Líbano, e mais de 1,9 mil pessoas morreram nesse período.
Nesta terça-feira, um soldado israelense foi morto e outros três ficaram gravemente feridos em um ataque de drone no sul do Líbano, segundo as Forças Armadas de Israel (IDF, na sigla em inglês). A vítima foi identificada como o sargento Omer Moshe Gaeldor, de 30 anos, natural de Jerusalém.
De acordo com as Forças Armadas, mais de 75 foguetes foram lançados contra Israel a partir do território libanês nesta terça-feira. Sirenes soaram em várias regiões do país, incluindo áreas centrais e do norte, como resposta à presença de drones e mísseis. O ataque aéreo deixou cinco israelenses levemente feridos.
Enquanto os ataques se intensificam, negociações mediadas pelos Estados Unidos seguem em curso em Beirute. O enviado dos EUA, Amos Hochstein, declarou que as conversas com o presidente do parlamento libanês foram “muito construtivas”.
De acordo com o Wall Street Journal, o Hezbollah possui mísseis antitanque russos, fabricados em 2020, que estariam sendo usados contra Israel. Na Faixa de Gaza, o Ministério da Saúde informou que ao menos 43.972 palestinos morreram desde o início do conflito.
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