Mãe tranca filho em casa e impede ataque com faca a alunos de escola

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A mãe de um adolescente de 15 anos entregou uma faca à direção da Escola Estadual Professor Ennio Chiesa, em Guarulhos, na Grande São Paulo, nessa terça-feira (28/3). A arma branca foi apreendida pelaPolícia Civil no mesmo dia.

A faca de serra, segundo relatado pela diretora da escola, estava sendo levada pelo jovem à unidade de ensino, no bairro Gopoúva, desde o dia 23, quando ele teria se envolvido em uma briga.

Policiais civis do 1º DP da cidade da região metropolitana ouviram de colegas de classe que o estudante ia à escola, desde a briga, “regularmente portando faca.” Ainda na terça-feira, a mãe do adolescente foi convocada pela Polícia Civil para prestar depoimento no 1º DP, onde o adolescente também compareceu.

“Violento”

De acordo com o depoimento, ao qual o Metrópoles teve acesso, a mulher afirmou que o filho “é violento.”

“Ao ser atendida na escola, a mãe confirmou a história e entregou a faca que o filho porta dizendo que o mesmo vai matar os demais estudantes da escola e que se não o fez [ainda] é por não ter [tido] oportunidade”, diz trecho do relato da mãe do aluno.

Além da faca e de um par de luvas, ela também entregou à polícia um caderno, no qual há dizeres agressivos escritos pelo filho.

Para evitar que o adolescente praticasse qualquer ato de violência contra os colegas, a mãe o deixou trancado em casa, quando foi entregar a faca na escola, porque o filho poderia “oferecer risco para todos.”

Após todos serem ouvidos na delegacia, foram liberados. A mãe assinou um termo de compromisso afirmando que iria levar o adolescente à Vara da Infância e Juventude de Guarulhos. O caso foi registrado como ato infracional análogo à ameaça.

Atentado na capital

O caso ocorreu um dia após um estudante de 13 anos matar a facadas a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, em um atentado realizado na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste paulistana. outras quatro pessoas ficaram feridas.

Na segunda (27), após esfaquear docentes e agredir colegas, o jovem foi imobilizado por uma professora e acabou apreendido pela polícia.

Como relevado pelo Metrópoles, o estudante afirmou em depoimento que planejava o ataque havia dois anos, inspirado nos massacres de Suzano (SP), ocorrido em 2019, e de Columbine (EUA), em 1999.

Ele responde por ato infracional análogo a homicídio consumado e tentado. Caso seja responsabilizado, a medida socioeducativa é de, no máximo, três anos.

Do dia do ataque à noite dessa terça, a Polícia Civil de SP registrou sete boletins de ocorrência envolvendo planos de ataque a escolas na Grande São Paulo, segundo Secretaria da Segurança Pública (SSP).

 

 

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Da Redação

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