Lula turbina salários de 323 aliados

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O governo do presidente Lula (PT) manobrou para que 323 aliados conseguissem alcançar salários turbinados, com cargos em conselhos de estatais ou de empresas privadas das quais a União é acionista.

Os cargos nestes respectivos conselhos rendem remunerações apenas pela participação em reuniões dos colegiados realizadas com intervalos que variam de acordo com normas de cada organização.

Alguns destes aliados conseguem alcançar valores nos contracheques superiores a R$ 80 mil mensais. O benefício alcança ministros, secretários-executivos, chefes de gabinete, assessores do Palácio do Planalto, servidores comissionados, dirigentes do PT, ex-parlamentares do partido e até apadrinhados do Congresso.

O Planalto informou que as nomeações seguem exigências da Lei das Estatais e passam por avaliação dos comitês de elegibilidade das empresas que verificam a conformidade dos processos de indicação.

O Estadão mapeou o cenário depois de formalizar mais de 40 pedidos com base na Lei de Acesso à Informação, cruzar dados das empresas e analisar documentos de ministérios.

Estão inseridos nos conselhos atores com cargos de indicação política no Executivo federal durante o atual mandato de Lula e pessoas ligadas aos partidos da base e às principais lideranças do Congresso, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

Conselhos fiscais e de administração são responsáveis por decisões estratégicas. Em negócios privados, seus integrantes costumam ser pessoas com larga experiência em gestão e com conhecimento específico sobre os setores em que atuam. Nas companhias sob influência do governo, por outro lado, parte desses postos é distribuída a figuras sem credenciais técnicas em razão de seu apadrinhamento político e como forma de complementar salários.

 

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Da Redação

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