Lula confirma a Pacheco que vai indicar Messias ao STF

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Em conversa tida com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, o presidente Lula confirmou que vai indicar Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga deixada por Luís Roberto Barroso.

O encontro ocorreu na noite desta segunda-feira, 17, no Palácio da Alvorada, em ato fora da agenda oficial. A informação é da Folha de S. Paulo e confirmada por O Antagonista.

Na conversa, Lula reforçou que gostaria de ver Pacheco como candidato ao governo de Minas Gerais. No entanto, como ele está escanteado do PSD, a tendência é que Pacheco interrompa a sua vida política após o término do seu mandato, em janeiro de 2027.

Desde as primeiras conversas, Lula destacava a aliados que pretendia conversar com Pacheco antes de formalizar a indicação de Jorge Messias.

A confirmação da indicação de Messias irritou o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Messias era o principal padrinho de uma eventual indicação de Pacheco ao Senado.

A dificuldade da aprovação do nome de Jorge Messias ao STF

Conforme apurou O Antagonista, Lula deve esperar um pouco arrefecer o ânimo de Alcolumbre para fazer oficialmente a indicação de Messias. A recondução do atual procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao cargo deu um indicativo concreto ao Planalto de que a aprovação de Messias não será uma tarefa fácil.

Gonet teve 45 votos favoráveis e 26 contrários. Nas contas do governo Lula, existem hoje pelo menos 40 votos garantidos para aprovar o nome de Messias ao Supremo. Por isso, o presidente Lula tem dito a aliados que vai atuar pessoalmente para emplacar seu atual Advogado-Geral da União ao cargo.

Barroso anunciou sua aposentadoria em 9 de outubro deste ano.

Barroso afirmou sentir que agora é hora de seguir outros rumos“Nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho qualquer apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta sem a exposição pública, as obrigações e as exigências do cargo. Com mais espiritualidade, literatura e poesia.

Ele prosseguiu: “Como todos nós sabemos, os sacrifícios e os ônus da nossa função acabam se transferindo aos nossos familiares e às pessoas queridas, que sequer têm qualquer responsabilidade pela nossa atuação. Gostaria de me despedir com uma breve reflexão sobre a vida, sobre o Brasil e sobre o Supremo Tribunal Federal”.

Trajetória

Barroso foi indicado ao Supremo pela então presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em 2013. Tomou posse como ministro 26 de junho daquele ano.

Ele foi presidente da Corte de 28 de setembro de 2023 até 29 de setembro de 2025, quando foi sucedido por Edson Fachin.

Ele presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 25 de maio de 2020 até 22 de fevereiro de 2022.

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Da Redação

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