Líder de facção criminosa condenado por morte de policial civil é preso em Barreirinhas

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Um dos líderes de uma facção criminosa que atua na Grande São Luís foi preso nesta segunda-feira (27), em Barreirinhas, na região dos Lençóis Maranhenses. Conhecido como Mustafá, ele foi condenado por envolvimento na morte do policial civil Cristiano Azevedo da Mota, em 2012, no bairro Sá Viana, em São Luís.

A prisão foi feita por equipes da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), por meio do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO). Mustafá estava foragido e foi localizado em casa, onde os policiais apreenderam um carro de luxo, uma moto aquática e celulares que serão usados nas investigações.

Mustafá estava foragido e foi localizado em casa, onde os policiais apreenderam um carro de luxo, uma moto aquática e celulares que serão usados nas investigações. — Foto: Divulgação/Polícia Civil do Maranhão

Mustafá estava foragido e foi localizado em casa, onde os policiais apreenderam um carro de luxo, uma moto aquática e celulares que serão usados nas investigações. — Foto: Divulgação/Polícia Civil do Maranhão

Segundo a Polícia Civil do Maranhão, o criminoso acumula três condenações na Justiça. A primeira, do Tribunal do Júri de São Luís, foi de 10 anos de prisão pelo assassinato do policial e por uma tentativa de homicídio contra outro homem.

 

A segunda condenação, da 1ª Vara de Paço do Lumiar, também determinou 10 anos de prisão por participação em uma organização criminosa envolvida nos ataques a ônibus em São Luís, em setembro de 2016.

A terceira sentença, ainda em primeira instância, prevê mais de cinco anos de prisão em regime semiaberto. Mustafá também responde a outro processo por homicídio qualificado na 2ª Vara de São José de Ribamar.

Segundo as investigações, ele tem ligação com uma facção criminosa originária do Rio de Janeiro, responsável por organizar o chamado “Baile de Israel”, evento já realizado no Maranhão.

Morte de policial

 

O policial civil Cristiano Azevedo da Mota foi morto em 2012, no bairro Sá Viana, em São Luís. — Foto: Reprodução/TV Mirante

O policial civil Cristiano Azevedo da Mota foi morto em 2012, no bairro Sá Viana, em São Luís. — Foto: Reprodução/TV Mirante

O policial civil Cristiano Azevedo da Mota, de 37 anos, foi morto no dia 17 de outubro de 2012, com um tiro nas costas enquanto seguia de moto para o Plantão Central da Vila Embratel, em São Luís. O crime aconteceu na Avenida do Contorno, atrás da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), durante troca de tiros entre traficantes. O disparo atingiu um dos rins da vítima, que pilotava uma moto modelo Tornado, de cor preta.

Cristiano substituiria um colega de trabalho no plantão. Ele era lotado no Plantão Central da Beira-Mar e morava no bairro Itapiracó, na região do Turu.

Cristiano da Mota entrou na Polícia Civil do Maranhão em 1998. Trabalhou por quatro anos na Delegacia Regional de Imperatriz e, em São Luís, atuou nas delegacias da Cidade Olímpica, Cidade Operária e Vinhais. Entre 2004 e 2007, fez parte da diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol).

Ele era casado e pai de três filhos: um adolescente de 17 anos e duas meninas de 13 e 4 anos. Era conhecido como um profissional pacato e respeitado pelos colegas.

Prisão de suspeitos

 

No mesmo dia do crime, vários suspeitos de participarem do tiroteio que resultou na morte do policial, foram presos pela polícia. A maioria deles, segundo as investigações, era da comunidade Promorar (área do bairro Liberdade). Eles tinham caído em uma emboscada armada por desafetos, moradores da localidade onde se deu o crime, a mando de um detento da Penitenciária de Pedrinhas identificado como Lêca.

Os primeiros suspeitos foram presos no Hospital Municipal Dr. Djalma Marques (Socorrão I). Deusdeth Garcia Gusmão, o Pelado, de 35 anos; Rafael Mendonça Costa, também conhecido como Niquito ou Fafá, de 23 anos, baleado na perna direita, e sua companheira, uma adolescente de 16 anos.

Em seguida, policiais da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) e da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) prenderam outros dois, no conjunto Lima Verde. Gustavo Augusto Menezes Lopes, conhecido como Gugu, de 20 anos, e Taynara de Jesus Gomes Mendes, de 18 anos, foram localizados em uma invasão, nas proximidades da Pousada Saramanta, na MA-201 (Estrada de Ribamar). Com eles, os investigadores apreenderam um revólver calibre 38, municiado, quase 60 projéteis intactos e o Gol Trend de cor vermelha (NXO-1208) que ocupavam no momento do tiroteio e que foi atingido com pelo menos 11 disparos.

Já em 17 de outubro, um dia após o crime, a polícia prendeu Marlon da Silva Soares, de 22 anos, morador da Aldeia, no bairro do Barreto. Ele foi apontado como suspeito de ter atingido o policial com uma pistola ponto 40. Além de Marlon, foram presos mais duas pessoas com drogas e um pistola 9mm de uso exclusivo da polícia.

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Da Redação

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