Licença para perfuração na Foz do Amazonas gera críticas a Lula às vésperas da COP30

Estimated read time 2 min read

Amazônia | WWF Brasil

A poucas semanas do início da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém (PA), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou duas decisões que geraram reação negativa entre ambientalistas e colocaram em dúvida o discurso oficial de compromisso com a agenda ambiental.

Na última segunda-feira (20/10), o Ibama concedeu à Petrobras uma licença para perfurar um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado na foz do Rio Amazonas, uma das cinco bacias sedimentares da Margem Equatorial — área que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, passando pelo Pará, Maranhão e Ceará.

A autorização não permite a extração imediata de recursos naturais, mas visa avaliar a existência de petróleo ou gás natural em quantidade comercialmente viável. Segundo a Petrobras, a pesquisa exploratória deve começar de forma imediata e terá duração aproximada de cinco meses.

Especialistas alertam que a atividade na região traz riscos ambientais significativos, podendo impactar ecossistemas sensíveis, como os recifes amazônicos e a pluma da Foz do Amazonas — uma zona rica em nutrientes e fundamental para a reprodução marinha.

Em caso de acidentes, como vazamentos de óleo, os danos em águas profundas podem ser severos, atingindo manguezais, áreas de pesca e comunidades costeiras que dependem diretamente desses ecossistemas.

Relacionadas

Da Redação

+ There are no comments

Add yours

Deixe uma resposta