Um laudo pericial da Polícia Federal aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita de reparo cirúrgico em caráter eletivo. A conclusão foi divulgada nesta sexta-feira (19/12) após perícia médica realizada no complexo da Superintendência Regional da Polícia Federal, em cumprimento à determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a Junta Médica pericial, o procedimento cirúrgico “deve ser realizado o mais breve possível, haja vista a refratariedade aos tratamentos instituídos, a piora do sono e da alimentação, além do aumento do risco de complicações em decorrência do quadro herniário, em função da elevação da pressão intra-abdominal”.
A perícia foi feita após análise de exames e laudos médicos apresentados pela defesa de Bolsonaro, incluindo um ultrassom realizado no último domingo (14/12), que identificou duas hérnias inguinais. A cirurgia, segundo a equipe médica, não pode ser realizada em ambiente prisional, e o tempo estimado de permanência no hospital seria de 5 a 7 dias.
O pedido de autorização para “realização urgente de procedimento cirúrgico” foi feito pelos advogados do ex-presidente no contexto da execução penal de sua condenação a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado. A decisão de Moraes, tomada em 15 de dezembro, incluiu a análise de documentos médicos e exames por peritos da Polícia Federal.
O laudo desta sexta-feira confirma a necessidade da intervenção cirúrgica, que agora aguarda definição sobre o agendamento do procedimento e o cumprimento das medidas legais para sua realização fora do ambiente prisional.
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