Kim Jong-un endureceu ainda mais o controle sobre a população

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A cultura pop sul-coreana se tornou uma ameaça existencial para o regime de Kim Jong-un, levando o governo norte-coreano a adotar punições extremas, como execuções públicas, para conter o crescente fascínio da juventude pelo estilo de vida do país vizinho. As informações são do site Pleno News.

Durante fórum realizado nesta quarta-feira (25) em Seul, promovido pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), desertores norte-coreanos relataram episódios de repressão e violações de direitos humanos, destacando o impacto do consumo de séries, músicas e linguagens da Coreia do Sul dentro da Coreia do Norte. Os testemunhos compõem os preparativos de um relatório especial que será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em setembro.

Desde o início da pandemia, o regime de Kim Jong-un endureceu ainda mais o controle sobre a população. Leis como a de Rejeição à Ideologia e Cultura Reacionárias (2020), de Garantia da Educação Juvenil (2021) e de Proteção da Linguagem Cultural de Pyongyang (2023) ampliaram a repressão. O simples uso de termos sul-coreanos como “oppa” pode gerar prisões e até pena de morte.

Um desertor identificado como Kim Il-hyuk relatou que conheceu pessoalmente um jovem de 22 anos executado por compartilhar novelas e músicas pop da década de 1970. Segundo ele, execuções públicas acontecem a cada dois ou três meses, com até uma dúzia de pessoas sendo fuziladas em um único evento — metade delas por consumir produtos culturais da Coreia do Sul.

Outro depoimento, feito por uma jovem desertora que fugiu do país por medo de ser morta, revelou que uma mulher grávida foi presa junto ao companheiro por assistirem a novelas sul-coreanas. Ela afirmou que recorria à música e ao entretenimento sul-coreano como forma de escape da dura realidade no país.

 

 

 

 

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Da Redação

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